Paulo Paim critica falta de dados recentes sobre desemprego no país
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que a desorganização do governo federal impede o acompanhamento correto da situação do emprego no país durante o período da epidemia. O problema, para o parlamentar, revela descaso do Executivo com os trabalhadores. As informações com a repórter Raquel Teixeira, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: SENADOR CRITICA GOVERNO POR FALTA DE INFORMAÇÕES ATUALIZADAS SOBRE SITUAÇÃO DO DESEMPREGO NO PAÍS.
LOC: AUSÊNCIA DESSES DADOS PODE DIFICULTAR ACOMPANHAMENTO DOS EFEITOS DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS SOBRE OS TRABALHADORES BRASILEIROS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA.
Téc: Os índices divulgados no mês de fevereiro pelo IBGE apontavam que havia pouco mais de 12 milhões de desempregados no Brasil, ou seja, 11,2% da população. Mas especialistas da Fundação Getúlio Vargas afirmam que esses números devem piorar com a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, alcançando a maior taxa de desocupação da história, 16%, com 17 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Em pronunciamento, o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, acusou o Governo Federal de descaso com os trabalhadores e lembrou que desde janeiro não são divulgados dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged.
(PAIM) Desde janeiro o governo federal não está divulgando o Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, é um escândalo. Não sabemos quantos foram demitidos nesse período de crise, quantos novos conseguiram o seguro desemprego, quantos foram solicitados e liberados, e nem o abono por suspensão do trabalho.
Rep: Paim também destacou que essa falta de informações atrapalha no combate aos efeitos dessa crise sobre os trabalhadores.
(PAIM) O país pode ter um apagão no acompanhamento dos impactos da pandemia e do desemprego e na renda. Não estamos sabendo nada dos números reais do desemprego e a situação do país.
Rep: Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, a publicação do Caged foi suspensa no início do ano porque cerca de 17 mil empresas deixaram de enviar as informações necessárias, o que inviabilizou a consolidação dos dados do cadastro. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.