Paulo Guedes nega cortes na educação e condiciona aumento do salário mínimo à reforma da Previdência — Rádio Senado
Comissões

Paulo Guedes nega cortes na educação e condiciona aumento do salário mínimo à reforma da Previdência

Em audiência na Comissão Mista de Orçamento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o salário mínimo poderá ter um reajuste maior se a reforma da Previdência for aprovada.  Mas a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), disse que a economia com as novas regras de aposentadoria não resolverá os cortes na educação neste ano. Para o senador Oriovisto Guimarães (PODE-PR), o governo tem outras propostas para tirar o país da crise, além da reforma da Previdência. A reportagem é da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

14/05/2019, 19h42 - ATUALIZADO EM 14/05/2019, 19h50
Duração de áudio: 02:29
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) realiza audiência pública com o ministro de Estado da Economia para tratar sobre o Projeto de Lei nº 5/2019-CN que "dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2020 e dá outras providências." 

À mesa, em pronunciamento, ministro de Estado da Economia, Paulo Guedes.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DA ECONOMIA, PAULO GUEDES, NEGOU OS CORTES NA EDUCAÇÃO E CONDICIONOU O AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: GUEDES PARTICIPOU NESTA TERÇA-FEIRA DE UMA REUNIÃO DA COMISSÃO DE MISTA DE ORÇAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN: TÉC: Convidado para discutir o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020, que serve de base para a elaboração do Orçamento Geral da União, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a declarar que a melhora nas contas públicas depende da Reforma da Previdência. Disse que a previsão de crescimento caiu de 2 para 1,5%. Paulo Guedes admitiu inclusive que o salário mínimo poderá ter um reajuste maior do que a inflação se aprovadas as novas regras de aposentadoria. (Guedes_1) Nós temos a possibilidade até 31 de dezembro de criar uma nova trajetória de salários mínimos. Então, achamos prudente observar se as Reformas criam algum espaço fiscal, naturalmente isso pode ser usado na frente. Se não fazemos as Reformas, estamos ilhados, estamos cercados todos nós. E naturalmente, esse período de austeridade é mais longo, continua mais longo. REP: Paulo Guedes negou cortes no Ministério da Educação ao anunciar um reforço de R$ 3 bilhões. Em resposta, a senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, disse que a aprovação da Reforma da Previdência não vai resolver neste ano a falta de dinheiro para o ensino público. (Eliziane) Você vê, por exemplo, cortes na educação, remanejamentos. O corte foi para agora, não é para daqui a um ano ou daqui a 6 meses. É para agora. E esse corte para agora afeta agora as universidades, afeta agora o Ensino Fundamental, também o Ensino Infantil. E a Reforma da Previdência se for aprovada agora, os efeitos serão ao longo dos próximos anos. REP: Ao rebater a oposição, o senador Oriovisto Guimarães, do Podemos do Paraná, disse que o governo tem outras propostas além da Reforma da Previdência para ajudar o País a sair da crise. (Oriovisto) É preciso privatizar um monte de empresa. É preciso fazer um novo Pacto Federativo, fazer a Reforma Tributária, e ministro foi claro nesse aspecto. A Reforma da Previdência não é a solução de tudo, não é a varinha mágica. Mas ela é o cano que está vazando por onde está sangrando cada vez mais. E ela vai sinalizar para os empresários e o investidor estrangeiro que o Brasil está fazendo a lição de casa. REP: Ainda na Comissão Mista de Orçamento, o ministro da Economia pediu a aprovação de um crédito suplementar no valor de R$ 248 bilhões. E alertou que sem esse dinheiro, o governo não pagará aposentadorias e benefícios sociais a partir do segundo semestre. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00