Novo piso do IR deve ser debatido na reforma tributária, afirma Paulo Guedes — Rádio Senado
Audiência pública

Novo piso do IR deve ser debatido na reforma tributária, afirma Paulo Guedes

Em audiência da Comissão Mista da Reforma Tributária, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi cobrado sobre a atualização do piso para a cobrança de Imposto de Renda no país, atualmente em R$1.900. De acordo com o senador Reguffe (Podemos-DF), os valores estão defasados desde 1996. Paulo Guedes afirmou que o assunto está em estudo para essa reforma tributária mas pode ter o custo de R$ 22 bilhões por ano. Mais informações com o repórter Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

07/08/2020, 13h05 - ATUALIZADO EM 07/08/2020, 13h13
Duração de áudio: 02:02
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO MISTA DA REFORMA TRIBUTÁRIA, O MINISTRO PAULO GUEDES FOI COBRADO SOBRE A ATUALIZAÇÃO DO PISO PARA A COBRANÇA DO IMPOSTO DE RENDA. LOC: O MINISTRO DA ECONOMIA AFIRMOU QUE O ASSUNTO ESTÁ EM ESTUDO, MAS PODE CUSTAR ATÉ 22 BILHÕES DE REAIS. REPÓRTER RODRIGO RESENDE: (Repórter) O senador Reguffe, do Podemos do Distrito Federal, cobrou do Ministro da Economia, Paulo Guedes, a atualização do piso para a cobrança do Imposto de Renda. De acordo com Reguffe os valores estão defasados desde 1996: (Reguffe) Hoje, é isento de pagamento de Imposto de Renda quem ganha até 1.903,98. Se os limites de isenção fossem corrigidos pela inflação ficaria isento de pagamento de Imposto de Renda quem ganha até 3.881,85. Isso vale também para as faixas posteriores: quem ganha R$4 mil, que paga hoje 263,87, pagaria 8,88. (Repórter) Paulo Guedes afirmou que o assunto está em estudo para ser discutido na nova reforma tributária, mas o custo seria de 22 bilhões de reais por ano: (Paulo Guedes) Então, está no nosso espectro de reforma tributária? Sim, está. É possível repor tudo e botar em 3,9 mil de novo? Talvez não. E alguém tem que pagar por isso, mas é correto fazer uma correção não só do piso, mas de todas as faixas. Nós, inclusive, calculamos esses valores. Por exemplo, se passarmos o piso de 1,9 mil para 3 mil, que é um aumento de mais de 50%, custa 22 bilhões, custa um Fundeb, e a classe política tem de decidir isso; não é o Ministro da Fazenda que tem que decidir isso. (Repórter) O presidente da Comissão Mista da Reforma Tributária, senador Roberto Rocha, do PSDB do Maranhão, concorda com a importância do tema mas ressalta que ele pode ser tratado por um projeto paralelo a uma PEC que envolva o sistema de tributos: (Roberto Rocha) o que nós queremos efetivamente é focar na questão do imposto, a base de consumo, porque essa discussão é de emenda constitucional, sobretudo; e base renda, base patrimônio a gente pode discutir até por lei infraconstitucional. (Repórter) A relatoria da comissão mista de reforma tributária é do deputado Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba.

Ao vivo
00:0000:00