Ministro de Ciência e Tecnologia diz que diretor do Inpe caiu por perda de confiança — Rádio Senado
Amazônia

Ministro de Ciência e Tecnologia diz que diretor do Inpe caiu por perda de confiança

A Comissão de Meio Ambiente ouviu nesta terça-feira (17) o Ministro de Ciência e Tecnologia Marcos Pontes sobre a demissão do ex-diretor Ricardo Galvão.   Ele disse que o Instituto saiu fortalecido do episódio e busca orçamento para ampliar o sistema de monitoramento do desmatamento da Amazônia. Quationado pelo presidente da Comissão, senador Fabiano Contarato (REDE-ES) sobre a possibilidade de contratação de uma empresa privada para executar o serviço, Pontes negou. A reportagem é de Marcella Cunha

17/09/2019, 19h53 - ATUALIZADO EM 17/09/2019, 19h53
Duração de áudio: 02:16
Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza audiência pública com o ministro de Ciência e Tecnologia para prestar informações sobre demissão do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Mesa:
presidente da CMA, senador Fabiano Contarato (Rede-ES);
ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, MARCOS PONTES, PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: ELE FALOU SOBRE A DEMISSÃO DO EX DIRETOR DO INPE, RICARDO GALVÃO, E NEGOU CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PRIVADA PARA MONITORAR O DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, esteve na Comissão de Meio Ambiente para prestar esclarecimentos sobre a demissão do ex-diretor do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Ricardo Galvão, após a divulgação de dados sobre o desmatamento na Amazônia. Pontes afirmou que a saída de Galvão foi feita em comum acordo porque ele se colocou em uma “situação complexa” e de “perda de confiança”. O ministro disse que o Inpe saiu fortalecido do episódio e defendeu que a visibilidade seja aproveitada para conseguir o orçamento necessário para desenvolver um sistema mais completo de monitoramento do desmatamento. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, senador Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, questionou se esse serviço vai continuar sob a responsabilidade do Inpe. (Contarato): Tivemos anúncio do Ministro do Meio Ambiente de que há um processo de contratação de empresa privada para realizar o trabalho de monitoramento da Amazônia, o que o Inpe já executa com reconhecida competência desde 2004. Então é necessário mesmo essa contratação? Eu acho que afinal já temos o Inpe. (REP) Segundo Pontes, essa contratação está suspensa, conforme acordado com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. (Pontes): Ele concordou em antes de contratar qualquer empresa privada fazer um teste para utilizar o sistema que nós já temos. Diga-se de passagem existem outros satélites do planeta também que a gente pode utilizar para isso e alguns deles são de graça. (REP) Sobre o pagamento de bolsas do CNPq, Marcos Pontes disse que o orçamento do ano passado só era suficiente para custear as pesquisas até o fim de agosto. E que a liberação de recursos para garantir o pagamento das 80 mil bolsas depende do Ministério da Economia. (Pontes): Emergencialmente eu transferi R$ 82 milhões do fomento do CNPq. E isso não é bom, porque do fomento do CNPQ está tirando dinheiro de material para laboratórios e outras coisas que também são importantes. Estou dependendo e muito da economia para que esse processo funcione para gente não tenha 80 mil desempregados no país na área de pesquisa. (Rep) Pontes disse, ainda, que conta com o Congresso Nacional para aprovar um PLN que deve ser enviado para garantir a liberação de recursos extraordinários para o CNPq. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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