CRE debate terrorismo e guerra cibernética
O terrorismo e a guerra cibernética foram temas discutidos pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), no décimo quarto painel sobre o Brasil e a nova ordem internacional. Pesquisadores e militares falaram sobre um novo campo de batalha: o ciberespaço. O presidente do colegiado, senador Fernando Collor (PTC-AL), destacou que a reunião se destinava “a discutir um tema extremamente atual e muito polêmico que nos traz a esta mesa: Terrorismo e Ameaças Cibernéticas no Século 21”, anunciou.
Transcrição
LOC: O TERRORISMO E A GUERRA CIBERNÉTICA FORAM TEMAS DISCUTIDOS PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES NO DÉCIMO QUARTO PAINEL SOBRE O BRASIL E A NOVA ORDEM INTERNACIONAL.
LOC: PESQUISADORES E MILITARES FALARAM SOBRE UM NOVO CAMPO DE BATALHA: O CIBERESPAÇO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) A comissão de Relações Exteriores debateu o uso da internet e de redes sociais como Facebook, Youtube e WhatsApp por grupos terroristas. O presidente do colegiado, senador Fernando Collor de Mello, do PTC de Alagoas, destacou a atualidade do tema:
(Fernando Collor) A nossa reunião destina-se a discutir um tema extremamente atual e muito polêmico que nos traz a esta mesa: Terrorismo e Ameaças Cibernéticas no Século 21, Os Inimigos sem Rosto.
(Repórter) O professor Gills Vilar Lopes, da Universidade Federal de Rondônia, definiu o chamado “terrorismo 2.0”:
(Gills Vilar Lopes) A questão do terrorismo cibernético 2.0 é sobretudo se utilizar de um meio que até então ou não existia ou estava subestimado pelos órgãos de inteligências, pelos órgãos militares, que é a questão da internet, especificamente pelas redes sociais.
(Repórter) Neste contexto, Marcos Vinicius Reis, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, explicou os conceitos de anti-medidas, contra-medidas e resiliência:
(Marcos Vinicius Reis) As anti-medidas, a gente prepara para atuar antes que a ameaça se apresente diante nós; temos as contra-medidas, que são atuações durante a ameaça, durante a crise e no pós-crise. E nós temos também as medidas de resiliência, porque inevitavelmente a gente vai enfrentar uma ameaça dessa. Isso vai acontecer alguma vez. E a gente tem de estar preparado para a sociedade passar por cima disso e voltar a funcionar.
(Repórter) O general Paulo Sérgio Melo de Carvalho, diretor da Rede Acadêmica de São Paulo, destacou a necessidade de segurança no ciberespaço já que organizações terroristas montaram até atendimento virtual para seus membros:
(Paulo Sérgio Melo de Carvalho) Instruções do estado islâmico em Web Sites, conheça a aplicação cada vez mais usada por terroristas. Era o Telegram. Estado islâmico tem Help Desk para terrorista 24 horas por dia.
(Repórter) O professor Jorge Lasmar, da PUC de Minas Gerais, também enfatizou a necessidade de os países manterem uma política permanente de proteção cibernética. Dia 30 de outubro ocorrerá mais um painel da Comissão de Relações Exteriores, desta vez sobre o tema Reestruturação da Defesa Nacional.