CPI ouve representante de bancos sobre taxas cobradas em operações com cartão de crédito — Rádio Senado
Comissões

CPI ouve representante de bancos sobre taxas cobradas em operações com cartão de crédito

A CPI dos Cartões de Crédito recebeu na quarta-feira (30) representantes bancos públicos e privados para discutir as taxas de juros cobradas em operações com cartão. O relator, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) considerou as taxas abusivas e inconcebíveis ao modelo econômico do Brasil.

30/05/2018, 18h51 - ATUALIZADO EM 01/06/2018, 12h04
Duração de áudio: 01:43
CPI dos Cartões de Crédito 2018 (CPICC) realiza audiência pública interativa nos termos do Plano de Trabalho e do Requerimento nº 8/2018 - CPICC. 

Mesa:
presidente da CPICC, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO); 
relator da CPICC, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE);
presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC1: A CPI DOS CARTÕES DE CRÉDITO OUVIU REPRESENTANTES DE BANCOS PÚBLICOS E PRIVADOS SOBRE AS TAXAS DE JUROS COBRADAS EM OPERAÇÕES COM CARTÃO. LOC2: A IDEIA É ENTENDER O MERCADO PELA ÓTICA DOS EMISSORES DE CRÉDITO. REPÓRTER MARCIANA ALVES. TÉC: O relator da CPI, o senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, considera que as taxas cobradas pelos bancos são abusivas: (Fernando Bezerra Coelho) O que nos chama atenção é que a concentração bancária que se verifica no Brasil não é diferente do nível de concentração bancária que ocorrem em outros países do mundo. O que não dá pra entender é que o Brasil produza práticas de cobranças e spreads bancários e de taxas de juros, que alcançam taxas de até mil por cento ao ano. (Repórter) Mas, segundo o diretor executivo de cartões e meios de pagamento da Caixa Econômica Federal, Márcio Vieira Recalde, as taxas estão menores desde que os bancos adotaram o novo modelo de crédito rotativo e parcelado: (Márcio Vieira) Garanto que o juro efetivo cobrado tanto no rotativo, quanto no parcelado está muito distante dos 200%. Quando nós aplicamos isso pela regra de composição de juros desde a data de vencimento da fatura, até o pagamento, esses juros são muito inferiores. (Repórter) Já o presidente da Federação Brasileira dos Bancos, Murilo Portugal explicou que os juros são compostos por diferentes itens e, por isso, não podem ser reduzidos somente com base na taxa Selic: (Murilo Portugal) Se a taxa Selic fosse o único componente da taxa final de juros, era razoável esperar essa proporcionalidade, mas ela afeta apenas um dos dois componentes finais de juros, que é a taxa de captação dos bancos, mas não afeta diretamente o spread bancário. (Repórter) A CPI dos Cartões de Crédito deve fazer mais uma audiência pública antes de apresentar o relatório final. Da Rádio Senado, Marciana Alves.

Ao vivo
00:0000:00