Senado aprova indicações para CNMP e CNJ
O Senado aprovou as indicações de Otavio Luiz Rodrigues Junior (OFS 79/2018) ao Conselho Nacional do Ministério Público e de Maria Tereza Uille Gomes (OFS 78/2018) para o Conselho Nacional de Justiça. Antes da votação, os indicados passaram por uma sabatina, onde Senadores como Reguffe (DF) e José Pimentel (PT-CE) levantaram temas como o auxílio-moradia e a Lei de Mediações. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.
Transcrição
LOC: O SENADO APROVOU AS INDICAÇÕES DE OTAVIO LUIZ RODRIGUES JUNIOR AO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DE MARIA TEREZA UILLE GOMES PARA O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.
LOC: OS INDICADOS HAVIAM PASSADO POR SABATINA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA COMO INFORMA O REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TEC: Antes da votação, os indicados passaram por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça. Senadores como Reguffe, do Distrito Federal, lembraram que, para a opinião pública, o Poder Judiciário está cheio de privilégios.
(Reguffe): E não é apenas o auxílio-moradia, que é o auxílio-moradia que a maioria dos brasileiros não possui, mas também outras regalias como carros oficiais, como prédio suntuosos que nós temos no Brasil inteiro no poder judiciário.
(Repórter): José Pimentel, senador do PT do Ceará, quis saber se medidas aprovadas recentemente, como a Lei de Mediações, estão contribuindo para reduzir a lentidão no Poder Judiciário.
(José Pimentel): Essa experiência, que é de 2015 para cá, tem surtido algum efeito? O que necessita ser aprimorado para que a Lei de Mediação, efetivamente, entre em vigor, ou seja, para que ela "pegue", como a gente diz no linguajar popular, para que ela se torne, efetivamente, uma realidade?
(Repórter): Maria Tereza Uille Gomes reconheceu que o Judiciário precisa inovar na gestão para conseguir atender às demandas da população. Ela falou que existem causas e litigantes recorrentes que podem ser agrupados e julgados com maior celeridade, por exemplo.
(Maria Tereza Uille Gomes): Significa que nós precisamos encontrar soluções para reduzir o número de processos, seja através de conciliação e mediação antes do ingresso no Judiciário, seja através de mecanismos de conciliação e mediação das ações já ajuizadas.
(Repórter): Em resposta ao senador Reguffe, Otavio Luiz Rodrigues Junior admitiu que há hoje uma distorção na remuneração de agentes públicos. Algumas carreiras, notadamente na área jurídica, pagam bem mais, o que acaba trazendo, inclusive, pessoas sem vocação para a magistratura ou Ministério Público. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.
OFS 78/2018 e OFS 79/2018