Brasil espera concluir zona de livre comércio na América do Sul até 2016 — Rádio Senado

Brasil espera concluir zona de livre comércio na América do Sul até 2016

LOC: ESTÃO AVANÇANDO AS NEGOCIAÇÕES PARA UM ACORDO COMERCIAL COM A UNIÃO EUROPÉIA E, ATÉ 2016, O BRASIL ESPERA CONCLUIR UMA ZONA DE LIVRE COMÉRCIO NA AMÉRICA DO SUL.  

LOC: FOI O QUE AFIRMOU O MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, MAURO BORGES LEMOS, EM AUDIÊNCIA NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. REPÓRTER NARA FERREIRA. 

(Repórter) O ministro Mauro Borges Lemos informou que o Brasil vai levar à reunião do Mercosul a proposta de antecipar para 2016 um acordo de livre comércio na América do Sul. Quanto às negociações com a União Européia, ele disse que o Brasil só tem a ganhar com a conclusão de um acordo. Admitiu, porém, que sem uma oferta agrícola para valer dos europeus, não haverá acordo comercial. O ministro negou que a Argentina tenha dificultado um avanço no entendimento e ressaltou que a idéia é apresentar uma proposta à União Européia já neste mês. 

(Mauro Borges Lemos) O Mercosul estará pronto...qualquer adiamento dessa troca de ofertas será uma responsabilidade da união européia e não do Mercosul. Vamos deixar o complexo de vira-lata de lado, estamos sendo protagonistas nessa oferta. 

(Repórter) O ministro Mauro Borges afirmou que o objetivo é multiplicar por quatro ou cinco vezes o volume de exportação para a Europa, porque as cotas de importação colocadas pelos europeus são mínimas e a venda extra-cota implica um imposto tão alto que torna o comércio agrícola impossível. 

(Mauro Borges Lemos) Não temos outro caminho a não ser um acordo com a União Européia para que nossa competitividade agrícola se pronuncie na corrente de comércio com a Europa. 

(Repórter) O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, teme que o objetivo da União Européia seja meramente conquistar mercados.

(Roberto Requião) Os europeus querem mercado e não podemos aceitar uma abertura absoluta, e não vejo muito o que eles possam oferecer também para nossas commodities. 

(Repórter) Já o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, manifestou preocupação com as relações comerciais com a Argentina. Segundo ele, produtos brasileiros respondiam por 36% das importações argentinas em 2005, hoje, seriam 20%. 

(Ricardo Ferraço) Há perda efetiva de participação de produtos brasileiros no mercado argentino em função de um desvio de comércio ou de favorecimentos que a Argentina estaria possibilitando à China. 

(Repórter) Um eventual acordo do Mercosul com a União Européia terá que ser submetido à ratificação do Congresso. 
08/05/2014, 08h55 - ATUALIZADO EM 08/05/2014, 08h55
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