Em depoimento à CPI, governador catarinense detalha combate ao crime organizado — Rádio Senado
Crime Organizado

Em depoimento à CPI, governador catarinense detalha combate ao crime organizado

A CPI do Crime Organizado ouviu o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e sua equipe na área de segurança pública. Ele disse que a atuação integrada das forças policiais no estado resulta no índice de 85% de crimes solucionados. Relator da CPI, o senador Alessandro Vieira (MDB-SC) perguntou como é feita a separação dos faccionados no sistema prisional. Danielle Silva, secretária de Justiça e Reintegração Social, explicou que é feita na entrada, com os presos isolados por galerias.

17/12/2025, 15h44 - atualizado em 17/12/2025, 16h03
Duração de áudio: 02:20
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
Em seu depoimento à CPI do Crime Organizado, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, disse que as forças policiais trabalham juntas em seu estado, mas com autonomia. E afirmou que o resultado são perícias e laudos bem feitos, com um índice de 85% de crimes solucionados; acima da média nacional que, segundo ele, gira em torno de 40%. Jorginho trouxe dados do sistema prisional do estado, destacando a adesão dos presos a oportunidades de trabalho. (Jorginho Mello) "A Polícia Militar, a Polícia Civil, eu sempre digo a eles, todo mundo está querendo fazer a mesma coisa; então vamos trocar experiência, ideia e força pra fazer melhor." (Jorginho Mello) "Hoje nós temos um número de pessoas encarceradas de trinta mil e trezentos. Estamos aumentando o número de presídios. Temos 35% de todos os apenados que trabalham. A gente faz diversas atividades dentro do presídio;  ao extremo, nós fazemos vestido de noiva lá no presídio de Chapecó, mas vestido de alta qualidade." O relator da CPI, senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, elogiou os bons resultados de Santa Catarina na segurança pública, fruto do investimento em tecnologia e do cuidado com o preso. Ele também fez questinamentos técnicos.   (senador Alessandro Vieira) "No tocante a essa parte da custódia, como se dá a separação dos faccionados; porque vocês recebem de fato não só as facções nacionais, mas também regionais, que são muito violentas, especialmente vindo do Rio Grande do Sul. Esses presos são segmentados por facção como acontece, por exemplo, no estado do Rio de Janeiro? Vocês colocam todos em conjunto? E como é que vocês fazem o isolamento das lideranças das facções criminosas?" Secretária de Justiça e Reintegração Social do estado, Danielle Amorim Silva explicou que a separação é feita logo na entrada dos presos no presídio. (Danielle Amorim Silva) "Quando não identificado na porta de entrada, a gente tem uma inteligência muito atuante; essa inteligência, ela já atua em conjunto com as demais forças; e identificado, a gente faz essa separação. Por galerias; não por unidades prisionais, mas em galerias dentro da própria unidade prisional." O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, Flávio Rogério Graff, destacou a integração operacional das polícias, o papel da inteligência e o emprego estratégico de tecnologias como trunfos para o êxito do estado no combate ao crime organizado. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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