Representantes de jornalistas lamentam episódio de acesso limitado ao plenário da Câmara — Rádio Senado
Liberdade de Imprensa

Representantes de jornalistas lamentam episódio de acesso limitado ao plenário da Câmara

Em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) que debateu a liberdade de imprensa e a violência contra jornalistas, representantes de entidades de jornalistas como a FENAJ, ABRAJI e ABI criticaram a ação que impediu o acesso dos profissionais da imprensa ao Plenário da Câmara dos Deputados no último dia 9 de dezembro. O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou o episódio e prestou solidariedade aos repórteres agredidos pela polícia legislativa.

11/12/2025, 15h35
Duração de áudio: 02:10
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Transcrição
Em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre a liberdade de imprensa e a violência contra jornalistas no Brasil, os participantes protestaram contra a retirada de repórteres do Plenário da Câmara dos Deputados no último dia 9. Na ocasião, as transmissões da TV Câmara foram interrompidas para que a polícia legislativa retirasse o deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, da Mesa Diretora. Jornalistas também foram agredidos fisicamente pelos policiais. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lamentou a truculência contra os profissionais da imprensa.  (senador Paulo Paim) "Minha solidariedade a todos os profissionais de imprensa e, tenho certeza, que falo em nome de toda a Comissão de Direitos Humanos e de todos os senadores. Um episódio absolutamente inaceitável. Durante o ataque, as transmissões da TV Câmara foram cortadas, o que reforça a gravidade da situação. Quero manifestar meu repúdio a essa violência e expressar solidariedade a todos os profissionais de imprensa que tiveram seu trabalho interrompido, sua segurança ameaçada e muitos foram até agredidos". A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Samira de Castro Cunha, cobrou explicações da Câmara dos Deputados sobre a censura e as agressões.  (Samira de Castro Cunha) "Nós ainda não temos respostas oficiais da presidência da Câmara, sobre o qual os jornalistas agredidos e as jornalistas agredidas esperam inclusive uma mudança para garantir acesso ao plenário, acesso a todas as dependências da casa e explicações muito claras por que apanharam, por que foram retirados com tanta truculência num espaço que deveria ser um espaço de transparência e de livre acesso à informação para toda a sociedade?" O presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Octávio Costa, vai entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República cobrando explicações sobre o caso. Já o presidente da Câmara, Hugo Motta, disse por meio de nota que “determinou a apuração de todo e qualquer excesso cometido contra a cobertura da imprensa”. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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