Órgãos de segurança pública podem ter acesso à localização de agressores de mulheres — Rádio Senado
Proteção

Órgãos de segurança pública podem ter acesso à localização de agressores de mulheres

A Comissão de Segurança Pública aprovou o projeto de lei (PL 930/2023) do senador Jayme Campos (União-MT) que admite o compartilhamento da localização do agressor de mulher submetido a monitoramento eletrônico com os órgãos de segurança pública. Atualmente, a medida está prevista em resolução do Conselho Nacional de Justiça, mas depende de autorização judicial mediante representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público.

02/12/2025, 13h43
Duração de áudio: 01:29
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
Resolução do Conselho Nacional de Justiça admite o uso de tornozeleira eletrônica pelos acusados de violência doméstica e familiar. Por conta da Lei Geral de Proteção de Dados e do respeito à privacidade da pessoa monitorada, os órgãos de segurança pública só podem ter acesso às informações do monitoramento eletrônico com pedido à Justiça. O projeto de lei aprovado na Comissão de Segurança Pública, do senador Jayme Campos, do União de Mato Grosso, acaba com essa exigência. (senador Jayme Campos) "Um passo decisivo na proteção de mulheres ameaçadas, violentadas, tantas vezes mortas por quem deveria respeitá-las. O Conselho Nacional de Segurança, o CNJ, exige atualmente a a autorização judicial para esse compartilhamento, o que vai deixar de ser necessário, caso o meu projeto vira lei".  Para a senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, é preciso pensar primeiro em quem tem a vida ameaçada, além de garantir agilidade para a atuação das polícias. (senadora Damares Alves) "Quer privacidade? Não agrida a mulher. Pronto, tão somente isso. O risco do agressor, a exposição de sua vida privada, é um custo mais baixo do que o risco criminal a que a norma expõe a sociedade".  A proposta de compartilhamento da localização do agressor submetido a monitoramento eletrônico com os órgãos de segurança pública sem a necessidade de autorização judicial segue para a Comissão de Constituição e Justiça. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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