CPI do Crime Organizado vai ouvir ministros, governadores e estudiosos do tema
O relator da CPI do Crime Organizado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apresentou o plano de trabalho com nove eixos sobre segurança pública, como ocupação territorial de facções, lavagem de dinheiro e sistema prisional. Foram aprovados convites aos ministros da Justiça e da Defesa, governadores e especialistas. O objetivo, segundo Alessandro, é mapear o combate ao crime no país e propor ações integradas entre os estados e o governo federal.

Transcrição
O senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, relator da CPI do Crime Organizado, apresentou um plano de trabalho que prevê oitivas e pedidos de informações a partir de pelo menos nove temas ligados à segurança pública: ocupação territorial de facções; lavagem de dinheiro; sistema prisional; corrupção ativa e passiva; rotas utilizadas; tipos de crimes; integração de forças; experiências bem-sucedidas e orçamento. Os primeiros requerimentos de convites aprovados foram endereçados a ministros, caso de Ricardo Lewandowski, da Justiça e José Múcio, da Defesa, e também aos governadores dos estados mais e menos violentos do país. Alessandro Vieira quer traçar um panorama do combate ao crime no Brasil.
Alessandro Vieira - Quando a gente faz o recorte e apresenta os primeiros requerimentos que já foram aprovados, a gente distingue o país particularmente entre os estados mais seguros e menos seguros. Cada cenário estadual vai ter uma resposta específica. Algumas coisas são consenso técnico mundial, global. Tem que ter investimento adequado, tem que ter planejamento. Tem que ter continuidade, mas é momento de dar voz a quem trabalha com isso.
Especificamente sobre a situação do Rio de Janeiro, Alessandro Vieira espera receber informações detalhadas das autoridades estaduais.
Alessandro Vieira - Nós vamos ouvir o governador do estado do Rio de Janeiro, o secretário de segurança, o chefe de inteligência, o diretor do sistema penal, todas as autoridades que têm efetiva participação no caso. E eu imagino que não é necessário se imaginar que o Supremo ou algum xerife geral da nação é necessário para resolver todo o problema. Esses profissionais todos ouvidos e depois os especialistas, estudiosos, eles têm um retrato dessa realidade detalhada.
Também foram convidados para falar à CPI profissionais da comunicação como os jornalistas Rafael Soares, do jornal O Globo, Cecília Oliveira, do Instituto Fogo Cruzado, Allan de Abreu, da Revista Piauí e Rodrigo Pimentel, articulista e ex-capitão do Bope no Rio de Janeiro. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

