Senado instala CPI do Crime Organizado na próxima terça-feira após operações no Rio — Rádio Senado
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Senado instala CPI do Crime Organizado na próxima terça-feira após operações no Rio

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, determinou a instalação na próxima terça-feira (4) da CPI do Crime Organizado (RQS 470/2025). Em resposta à operação policial contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, Davi declarou que "é hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro". De iniciativa do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a comissão vai investigar o modus operandi, a expansão e o funcionamento de milícias e facções criminosas. O senador Marcos Rogério (PL-RO) espera que a CPI se volte para a atuação desses grupos para além do tráfico de drogas e armas.

29/10/2025, 17h02 - atualizado em 29/10/2025, 17h10
Duração de áudio: 02:45
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
EM RESPOSTA À OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO DE JANEIRO, O PRESIDENTE DO SENADO ANUNCIOU A INSTALAÇÃO DA CPI DO CRIME ORGANIZADO PARA TERÇA-FEIRA. A COMISSÃO VAI INVESTIGAR A ATUAÇÃO DE FACÇÕES CRIMINOSAS E SUGERIR PROJETOS DE LEI PARA ATACAR, SOBRETUDO, AS FINANÇAS DESSES GRUPOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, determinou a instalação da CPI do Crime Organizado na terça-feira, dia 4.  De iniciativa do senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, a comissão vai investigar a atuação, a expansão e o funcionamento de milícias e facções criminosas no País, como o Primeiro Comando da Capital de São Paulo e o Comando Vermelho do Rio de Janeiro. Em resposta à operação policial no Rio de Janeiro para prender integrantes do chamado CV, que resultou na morte de mais de 120 pessoas entre suspeitos e policiais nos Complexos do Alemão e da Penha, Davi Alcolumbre declarou que "é hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país." Alessandro Vieira avalia que a CPI do Crime Organizado deve focar em soluções para impedir o funcionamento das facções e sua instalação em outros estados, além do Rio, São Paulo e cidades do Nordeste. Tem o objetivo muito claro. O diagnóstico profundo dessa realidade e identificar quais soluções a gente pode aplicar dentro do Brasil, buscando exemplos daquilo que está funcionando bem fora daqui e também em estados específicos com bons resultados no combate à criminalidade para que ao final de tudo o brasileiro possa ter uma vida mais tranquila, em paz, se desenvolvendo fora do domínio da ação dos criminosos, principalmente da criminalidade violenta. Então, acho que será uma CPI  muito importante e que a gente espera conduzir com muita seriedade e equilíbrio.  O senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, disse que a CPI do Crime Organizado deverá sugerir projetos de lei que possam acabar com esses grupos, atacando principalmente os ganhos financeiros. Ele lembrou que as facções criminosas estão levando violência para todo o País.  Essa CPI é uma resposta ao fracasso da política nacional de segurança pública. O crime organizado tomou conta do Brasil. O que era um problema para as grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, ultimamente o estado do Ceará, Fortaleza, hoje é um problema do Brasil inteiro, não apenas das capitais, também das cidades do interior do Brasil. Até reservas ambientais Brasil a fora hoje estão sendo dominadas por núcleos do crime organizado. Então, essa CPI tem um papel central.  A CPI do Crime Organizado contará com a participação de onze senadores titulares e seis suplentes, que terão o prazo de 120 dias para concluírem as investigações. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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