CPMI ouve nesta segunda o ex-diretor de governança do INSS, Alexandre Guimarães — Rádio Senado
Comissões

CPMI ouve nesta segunda o ex-diretor de governança do INSS, Alexandre Guimarães

A CPMI do INSS vai ouvir, nesta segunda-feira (27), o ex-diretor de governança, planejamento e inovação da autarquia, Alexandre Guimarães. A suspeita é a de que Guimarães recebeu propina de Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", por meio de sua empresa, a Vênus Consultoria. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou os próximos depoimentos e disse que as testemunhas que não responderem à convocação da CPMI poderão ser presas.

24/10/2025, 17h57 - atualizado em 24/10/2025, 18h30
Duração de áudio: 02:50
Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Transcrição
A CPMI DO INSS TEM REUNIÃO MARCADA PARA AS QUATRO DA TARDE DESTA SEGUNDA-FEIRA. OS PARLAMENTARES OUVIRÃO O EX-DIRETOR DE GOVERNANÇA DO INSS, ALEXANDRE GUIMARÃES. O PRESIDENTE DA CPMI ANUNCIOU OS PRÓXIMOS DEPOIMENTOS E DISSE QUE AS TESTEMUNHAS QUE NÃO RESPONDEREM AS CONVOCAÇÕES DA COMISSÃO PODERÃO SER PRESAS. REPÓRTER MARCELA DINIZ: A CPMI do INSS ouve na próxima reunião, o ex-diretor de governança, planejamento e inovação da autarquia, Alexandre Guimarães. Ele está sendo convocado na condição de investigado. Guimarães teria recebido R$ 313 mil de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS", por meio de sua empresa, a Vênus consultoria. A defesa diz que o dinheiro seria pagamento por serviço de educação financeira. Mas essa operação levantou suspeitas da Polícia Federal, pois essa empresa utilizava em seu cadastro oficial o mesmo e-mail da Prospect, negócio diretamente ligado ao "Careca do INSS", apontado como principal operador da fraude nos descontos associativos. A convocação de Alexandre Guimarães foi pedida pelo senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, e pelos deputados Rogério Correia, do PT de Minas Gerais; Adriana Ventura, do Novo de São Paulo; Duarte Jr., do PSB do Maranhão e Sidney Leite, do PSD do Amazonas.   O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, disse que a comissão espera ouvir também a ex-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional, Cecília Mota, e outras testemunhas que não responderam à convocação. Viana disse que poderá pedir a prisão temporária de quem não entrar em contato com a CPMI:     (sen. Carlos Viana) "Na segunda-feira, está convocado o sr. Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança e Planejamento e Inovação do INSS. Também foi convocada a senhora Cecília Rodrigues Mota, que não respondeu a essa CPMI, e esperamos dos advogados um posicionamento para que a gente evite um pedido de prisão temporária." Na terça-feira, dia 28, a CPMI do INSS ouvirá o sócio de empresas de call center citadas na investigação sobre as fraudes no INSS, Domingos Sávio de Castro; e Henrique Binder Galvão, piloto de aeronaves ligadas à Conafer, uma das entidades investigadas. O mês de novembro começa com depoimento, no dia 3, de Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação de Trabalhadores da Pesca e Aquicultura, apontado como articulador de um esquema de falsificação de filiações em massa para descontos em benefícios previdenciários. No dia seis de novembro, está confirmado o depoimento do ex-Ministro da Previdência da gestão Bolsonaro, Onyx Lorenzoni. No dia 10, é a vez do presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos. No dia 13, o depoimento é de Eric Douglas Fidelis, filho do ex-diretor do INSS, André Fidelis. E, no dia 17 de novembro, será ouvido o ex-Coordenador-Geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

Ao vivo
00:0000:00