Economia da biodiversidade pode gerar até 140 bi por ano

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O BRASIL TEM POTENCIAL PARA GERAR ATÉ 140 BILHLÕES DE REAIS POR ANO EM PRODUTOS E SERVIÇOS DA BIODIVERSIDADE. A INFORMAÇÃO FOI DADA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DA ECONOMIA DA BIODIVERSIDADE, PROJETO QUE TEM O SENADOR JAQUES WAGENER, DO PT DA BAHIA, COMO RELATOR. REPÓRTER RAÍSSA ABREU. Participantes da audiência pública que discutiu o projeto que cria a Política Nacional para o Desenvolvimento da Economia da Biodiversidade na Comissão de Assuntos Econômicos destacaram o potencial do Brasil na era da bioeconomia. Para Mercedez Bustamante, da Academia Brasileira de Ciências, os ativos do Brasil no setor da bioeconomia colocam o país numa posição estratégica no mundo, com potencial de geração de produtos e serviços estimado em R$ 140 bilhões por ano até 2032. A bioeconomia é um modelo de produção e desenvolvimento que utiliza recursos biológicos renováveis — como plantas, animais e microrganismos. Rafael de Sá Marques, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, vai além: para ele, a 4ª Revolução Industrial – como vem sendo chamado o atual estágio de desenvolvimento que integra tecnologias digitais, físicas e biológicas – traz para o Brasil uma oportunidade inédita.  (Rafael de Sá Marques) "Quando eu levo a indústria pra dentro da fazenda, eles multiplicaram por 20 ou por 30 em alguns casos a quantidade de empregos gerados, porque agora eu tenho uma atividade industrial dentro da fazenda, e a renda, que originalmente era produzida por hectare de algodão plantado, virou 40% da renda atual."   Ao final da audiência, o senador Jaques Wagner contou que o projeto da Política Nacional de Desenvolvimento da Economia da Biodiversidade, de autoria da Comissão de Meio Ambiente, surgiu a partir de um fórum que reuniu diferentes setores, da Academia ao agronegócio. (senador Jaques Wagner) " Têm coisas que não podem de jeito nenhum, efetivamente. Mas têm coisas que foi tem que buscar o caminho pra poder fazer, porque eu preciso tanto do desenvolvimento para o benefício social quanto da sustentabilidade."  Depois da análise da CAE, a proposta será encaminhada à Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo.  Da Rádio Senado, Raíssa Abreu.