Senado aprova projeto que estimula diagnóstico de autismo em adultos e idosos
O Senado aprovou o projeto de lei (PL 4540/2023) que incentiva o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em pessoas adultas e idosas. A proposta inclui o estímulo à identificação do autismo na vida adulta entre as diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA. O transtorno, que afeta o desenvolvimento neurológico e interfere na organização de pensamentos, sentimentos e emoções, costuma ser identificado ainda na infância, mas o diagnóstico tardio pode garantir melhor compreensão e acesso a cuidados adequados. O texto segue para sanção presidencial.

Transcrição
O SENADO APROVOU NESTA TERÇA-FEIRA UM PROJETO QUE PREVÊ INCENTIVO PARA DIAGNÓSTICO DE AUTISMO EM ADULTOS E IDOSOS.
DE ACORDO COM O IBGE, DOIS MILHÕES E QUATROCENTOS MIL BRASILEIROS TÊM ESSA CONDIÇÃO IDENTIFICADA, COM PREVALÊNCIA NA FAIXA ETÁRIA ENTRE 5 E 9 ANOS. REPÓRTER PEDRO PINCER
O Senado aprovou um projeto do deputado Zé Haroldo Cathedral, do PSD de Roraima, que estimula a investigação diagnóstica do Transtorno do Espectro Autista em pessoas adultas e idosas. O texto insere o incentivo ao diagnóstico do autismo na vida adulta entre as diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. O transtorno afeta o desenvolvimento neurológico e prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. A condição pode ocasionar dificuldade de comunicação e problemas de socialização, além de comportamento limitado e repetitivo. O relator na Comissão de Assuntos Sociais, senador Mecias de Jesus, do Republicanos de Roraima, assinalou que os avanços na área da saúde têm permitido que cada vez mais adultos e idosos sejam diagnosticados corretamente e encontrem respostas para dificuldades que não foram devidamente tratadas ao longo da vida.
Não são raros os casos de adultos com TEA que foram, equivocadamente, diagnosticados com transtornos de ansiedade, depressão ou até mesmo esquizofrenia, o que impediu seu acesso a intervenções apropriadas. O diagnóstico tardio, embora desafiador, pode abrir portas para o autoconhecimento e o acesso a apoio antes inexistentes
De acordo com o relator na Comissão de Direitos Humanos, senador Romário, do PL do Rio de Janeiro, ainda há uma enorme carência de dados sobre pessoas adultas com transtorno do espectro autista no país.
Isso acontece porque o diagnóstico é realizado usualmente na infância, contudo, ainda que tardio, o diagnóstico é de extrema importância para a conscientização acerca das formas de lidar com os desafios. Sem o devido diagnóstico diagnóstico, as pessoas podem ser expostas a dificuldades de interação social, assim como estar mais vulneráveis à ansiedade e à depressão.
O texto segue agora para a sanção presidencial. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

