Senado discute fortalecimento do Complexo da Saúde e autonomia tecnológica do SUS — Rádio Senado
Audiência Pública

Senado discute fortalecimento do Complexo da Saúde e autonomia tecnológica do SUS

A Comissão de Assuntos Sociais debateu as ações, desafios e oportunidades do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Especialistas destacaram a necessidade de soberania sanitária, desenvolvimento tecnológico e recomposição do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia A audiência foi proposta pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) e pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). A senadora Mara Gabrilli defendeu o fortalecimento do SUS com autonomia tecnológica.

20/10/2025, 19h21 - atualizado em 20/10/2025, 19h29
Duração de áudio: 02:51
Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Transcrição
O COMPLEXO INDUSTRIAL DA SAÚDE FOI TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. A AUDIÊNCIA ABORDOU AS AÇÕES E DESAFIOS DA POLÍTICA QUE ABRANGE SEGMENTOS ESTRATÉGICOS PARA A SAÚDE PÚBLICA. A REPÓRTER MARINA DANTAS TRAZ MAIS INFORMAÇÕES: A Comissão de Assuntos Sociais debateu as ações, os desafios e as oportunidades do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, nome dado ao conjunto de empresas, instituições públicas e serviços que atendem a demanda da saúde com medicamentos, equipamentos hospitalares e tecnologias de disgnóstico e pesquisa.  A gerente do Departamento Regional do Centro-Oeste da Financiadora de Estudos e Projetos, Julieta Maria Cardoso Palmeira, pontuou a necessidade da soberania sanitária e do desenvolvimento tecnológico, além da recomposição do Fundo Nacional de Ciencia e Tecnologia para garantir inovação. Igor Ferreira Bueno, diretor do departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e de Inovação para o SUS, do Ministério da Saúde, destacou que a dependência externa de produtos assenciais gera vulnerabilidade na balança comercial, e que o poder de compra do SUS é a principal alavanca para o desenvolvimento tecnológico.  (Igor Ferreira Bueno): "A estratégia do Ministério da Saúde é um esforço conjunto que integra a infraestrutura do CEIS, do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, com a excelência científica do país e a gente constrói, nesse arranjo, um ciclo vicioso de ciência de ponta, fomento em inovação radical e aplicação indústrial com os nossos programas. , garantindo a sustentabilidade do SUS." O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas especialidades, Andrey Vilas Boas Freitas, defendeu o fortalecimento da farmoquímica na cadeia de saúde brasileira e a a criação de mecanismos para aproximar os estudos universitários da indústria. O coordenador-geral de Ciências da Saúde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Thiago Moraes, afirmou que, apesar do país ter um cenário de excelência em pesquisa científica, a baixa taxa de inovação afeta diretamente o setor.  (Thiago Moraes): "A gente precisa de modelos de financiamento mais ágeis e mais práticos. A gente tem alguns gargalos ainda de infraestrutura, por exemplo, para biotecnológicos que ainda carece, no país, de infraestrutura. E começar a trabalhar a questão da insersão regulatória nos ambientes de pesquisa, para que o projeto, já nasça, desde seu desenvolvimento inicial, com o objetivo de buscar um registro na Anvisa, de buscar um desenvolvimento completo com esse direcionamento tentando alinhar com a necessidade regulatória lá na frente." A audiência pública foi realizada a pedido da senadora Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, e do senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba. A senadora Mara Gabrilli destacou a importância de fortalecer o SUS com autonomia tecnológica.  (Mara Gabrilli): "Este debate sobre os avanços que já conquistamos e sobre as propostas para que a gente consiga superar todos os desafios técnicos, normativos, regulatórios e políticos que a inovação radical e incremental ainda precisa superar em nosso país." A audiência pública também contou com a presença de representantes de sindicatos e associações da indústria farmacêutica e da biotecnologia, e de pesquisadores acadêmicos. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Marina Dantas. 

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