Especialistas defendem uso de tecnologia para evitar sequelas em recém-nascidos
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado debateu o uso de tecnologias digitais para monitoramento cerebral em recém-nascidos nas UTIs neonatais. Especialistas destacaram que o método ajuda a detectar crises epiléticas precocemente e prevenir sequelas neurológicas. A mãe Michele Manzoni compartilhou como o tratamento salvou seu filho, enquanto o médico Gabriel Variane alertou que atrasos no diagnóstico podem prejudicar o desenvolvimento dos bebês.

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO DEBATEU O USO DE TECNOLOGIAS DE MONITORAMENTO CEREBRAL EM UTIS NEONATAIS.
ESPECIALISTAS E REPRESENTANTES DO GOVERNO DESTACARAM QUE O ACOMPANHAMENTO DIGITAL PODE REDUZIR SEQUELAS E MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS BEBÊS. O REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO TEM OS DETALHES.
Especialistas defenderam no Senado a ampliação do uso de tecnologias de monitoramento neurológico em UTIs neonatais. A audiência pública, promovida pela Comissão de Assuntos Sociais, mostrou que o acompanhamento cerebral de bebês prematuros e de alto risco pode evitar danos permanentes ao sistema nervoso e melhorar o desenvolvimento infantil.
Durante o debate, a senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, destacou que além de adotar tecnologias de monitoramento importadas, o Brasil precisa investir em pesquisa científica e inovação própria para desenvolver soluções nacionais na área da saúde neonatal.
(senadora Damares Alves ) “E a gente pode investir em pesquisa e essas pesquisas, essas novas tecnologias, esses novos meninos que estão chegando na universidade, desenvolverem tecnologia nossa, nacional, e a gente depois exportar. Não só salvarmos os nossos meninos, as nossas famílias, mas a gente também exportar a tecnologia.”
A médica Letícia Pereira destacou que o monitoramento cerebral contínuo nas UTIs é essencial para detectar crises epiléticas e agir rapidamente.
(dra. Letícia Pereira) "O cérebro do recém-nascido é plástico, mas ele é também vulnerável. Então, cada minuto de atraso do diagnóstico, de uma crise epilética, de uma hipóxia, da disfunção metabólica, isso vai significar uma diferença muito grande no potencial de desenvolvimento da criança."
Mãe de uma criança que passou por tratamento intensivo, Michele Manzoni defendeu o uso de tecnologias para evitar sequelas em bebês.
(Michele Manzoni) "Então, assim, a minha gratidão de monitoramento cerebral, de tecnologia digital é o quê? É você sair do hospital com uma criança especial, porém essa criança tem poder de fala, porque para uma mãe é extremamente importante a criança ir para a escola e ela conseguir falar o que acontece. Então, a gente está falando de uma criança que consegue se proteger. Então, tudo isso eu sou grata ao monitoramento cerebral e eu recebi isso no SUS."
Todos os anos, cerca de dez milhões de crianças no mundo nascem com alto risco de lesão cerebral. Com supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Henrique Nascimento.

