Para presidente da CPMI do INSS, depoente não esclareceu enriquecimento
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que o depoente não conseguiu explicar como aumentou o próprio patrimônio dezenas de vezes em poucos anos. Fernando Cavalcanti foi convocado pela CPMI por ter sociedade com o advogado Nelson Wilians e ser próximo de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. A comissão apontou indícios de que o padrão de vida de Cavalcanti seria incompatível a renda declarada.

Transcrição
O PRESIDENTE DA CPMI DO INSS AFIRMOU QUE FERNANDO CAVALCANTI NÃO ESCLARECEU ENRIQUECIMENTO DURANTE O DEPOIMENTO DESTA SEGUNDA-FEIRA.
PARA O SENADOR CARLOS VIANA, O GRUPO ALVO DA INVESTIGAÇÃO ESTÁ MUITO BEM ORGANIZADO. REPÓRTER PEDRO PINCER
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, afirmou que o depoente não conseguiu explicar como aumentou o próprio patrimônio dezenas de vezes em poucos anos. Fernando Cavalcanti foi convocado pela CPMI por ter sociedades com o advogado Nelson Wilians e ser próximo de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. A comissão constatou que o padrão de vida de Cavalcanti é incompatível com sua renda, tendo a PF apreendido dezenas de carros, motos, relógios e vinhos de sua propriedade, inclusive uma Ferrari avaliada em R$ 4 milhões e um relógio de R$ 1,3 milhão. A CPMI investiga se ele é um “laranja” que fazia lavagem de dinheiro do esquema de fraudes no INSS. Para Viana, o depoimento mostrou que um grupo muito bem organizado está sendo desvendado.
Está a meu ver muito bem demonstrado pela quebra do sigilo das informações financeiras que nós temos de que ele é apenas uma parte de todo esse esquema. A Polícia Federal já o investiga como um suposto laranja e os dados estão mostrando que ele realmente não tem lastro que está colocando como sendo um patrimônio próprio
Viana afirmou que a CPMI está dando respostas à população brasileira sobre as influências políticas e as responsabilidades dos investigados e dos órgãos de controle em relação às fraudes na Previdência.
É uma quadrilha que tomou de assalto a Previdência e que corrompeu servidores, que perpassou governos e que tinha bons relacionamentos com a política. É um modus operandi já muito conhecido e que ao meu ver só demonstra claramente que eles não esperavam em momento algum serem apanhados.
O empresário compareceu à CPMI com o direito de ficar em silêncio, resguardado por uma decisão do STF, em caso de perguntas cujas respostas pudessem ser consideradas autoincriminatórias. Após as perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar, do União de Alagoas, Cavalcanti passou a fazer uso do direito de ficar calado. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

