José Múcio: Brasil é o que menos investe em defesa na América do Sul — Rádio Senado
Investimento e Defesa

José Múcio: Brasil é o que menos investe em defesa na América do Sul

A Comissão de Relações Exteriores ouviu o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, que disse que as Forças Armadas não podem ter lado na política, mas devem atuar unidas e independentes de governos, em proveito do Brasil. O ministro apontou o risco da defasagem tecnológica e pediu mais investimentos, alertando que o Brasil é hoje o país da América do Sul que destina o menor percentual do PIB para a Defesa.

30/09/2025, 14h47 - atualizado em 30/09/2025, 19h06
Duração de áudio: 02:34
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL RECEBEU NESTA TERÇA-FEIRA O MINISTRO DA DEFESA. JOSÉ MÚCIO MONTEIRO DISSE AOS SENADORES QUE AS FORÇAS ARMADAS NÃO PODEM TER LADO NA POLÍTICA E PEDIU MAIS INVESTIMENTOS. REPÓRTER CESAR MENDES. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, compareceu como convidado nesta terça-feira, à Comissão de Relações Exteriores. José Múcio disse que é preciso olhar para o futuro sem esquecer o passado; e que o Ministério da Defesa e as forças armadas estão prontos e unidos para coooperar, independentemente de governos, em proveito do Brasil. (José Múcio Monteiro) "A Marinha, o Exército e a Aeronáutica são instituições nacionais regulares e permanentes, baseadas na hierarquia e na disciplina, valorizam o mérito e o trabalho em equipe. São instituições de Estado que devem funcionar a parte das tensões, dos interesses e dos humores da política." José Múcio apontou o risco da defasagem tecnológica e pediu previsibilidade e planejamento estratégico para enfrentar os desafios do mundo atual. (José Múcio Monteiro) "Não é porque vivemos hoje em paz que podemos garantir que estaremos para sempre em paz. Testemunhamos o mundo em rápido processo evolutivo: Saímos de uma era pós-industrial para uma era de tecnologias disruptivas; hoje falamos em sistemas anti-mísseis, mísseis hipersônicos, armas a laser, inteligência artificial e vários outros recursos." O senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, disse que a necessidade de aumentar os investimentos nas forças armadas é consenso, mas é preciso definir fontes específicas de receita para isso. O senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, defendeu a aprovação da PEC de sua autoria que destina 2% do PIB para as forças armadas; e a senadora Tereza Cristina, do Progressistas de Mato Grosso do Sul, perguntou o que falta para concluir a implementação do SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), apontando especial preocupação na fronteira com a Venezuela. (senadora Tereza Cristina) "A gente tem visto aí movimentos dos Estados Unidos, que colocou frota agora para afundar barcos com droga, enfim, próximo aí à fronteira do Brasil; como é que o Exército brasileiro tem visto e qual a apreensão que o senhor tem em relação a esse movimento, que está aqui tão perto da gente?" José Múcio disse que veio ao Senado em busca de ajuda para que as forças armadas possam cumprir o seu papel em um país continental como o Brasil. Segundo ele, apesar das desigualdades sociais que precisamos enfrentar, é inaceitável sermos hoje o país da América do Sul com o menor percentual do PIB destinado para a Defesa, apenas 1 ponto zero quatro por cento, no ano passado. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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