Subcomissão debate pesquisas sobre novas tecnologias contra o câncer
A Subcomissão Temporária de Prevenção e Tratamento do Câncer (Cascancer) debateu nesta terça-feira (23) a regulação de pesquisas voltadas ao combate à doença. Especialistas defenderam a ampliação da pesquisa clínica e destacaram a importância da prevenção. Entre as medidas citadas está a vacina contra o HPV, que reduz os riscos de câncer do colo do útero. O debate ressaltou a necessidade de fortalecer tanto a pesquisa quanto as ações preventivas.

Transcrição
A REGULAÇÃO DA PESQUISA DE NOVAS TECNOLOGIAS NO COMBATE AO CÂNCER FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DOENÇA.
DEBATEDORES PEDIRAM AMPLIAÇÃO DE MÉTODOS DE PESQUISA E CHAMARAM ATENÇÃO A VACINAS QUE PODEM PREVENIR O CÂNCER. REPÓRTER LANA DIAS.
A Subcomissão Temporária de Prevenção e Tratamento do Câncer debateu a regulação da pesquisa de formas de combate ao câncer, como vacinas, medicamentos e terapias avançadas. Participantes pediram a ampliação de estudos científicos, como a pesquisa clínica, e acesso equitativo a tratamentos de qualidade.
A Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Angélica Nogueira, defendeu a extensão da pesquisa clínica no país. Esse tipo de pesquisa envolve investigação em seres humanos para verificar a eficácia e segurança de novos tratamentos, terapias e procedimentos. Angélica afirmou que essa ampliação tem potencial de colcoar o Brasil no protagonismo mundial, inclusive com a liberação da pesquisa clínica no Sistema Único de Saúde.
(Angélica Nogueira) "E quando a gente traz pesquisa clínica para um centro público, a gente capacita toda a equipe, a gente melhora aquela equipe do SUS. Então a gente destravar a pesquisa clínica e que o processo de desenvolvimento de novas tecnologias do Brasil passe a fazer parte é fundamental."
O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Martín Bonamino, chamou atenção para uma inovação que detecta por DNA o Vírus do Papiloma Humano, o HPV, associado ao câncer do colo do útero. Segundo o pesquisador, a plataforma que foi utilizada para detecção da Covid-19 está sendo ressignificada para dar lugar ao diagnóstico sistemático do HPV.
Mesmo com esforços para implementação de novas tecnologias, a presidente da subcomissão, senadora Dra. Eudócia, do PL de Alagoas, argumentou que as terapias avançadas já praticadas não são acessíveis a todos os pacientes de câncer. Ela acrescentou que as chances de sobrevida ainda são maiores para aqueles que têm condições de pagar pelo tratamento.
(senadora Dra. Eudócia) "Por que que um grupo de pacientes tem chances de sobreviver e outros são fadados à morte? É isso a minha indignação. É isso que eu não aceito. E é por isso que eu estou aqui, que estamos aqui, lutando."
Debatedores ainda ressaltaram a importância de medidas de amplo acesso que podem prevenir o câncer, como a vacina contra o HPV. O imunizante é distribuído pelo SUS e indicado para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Lana Dias.

