Formação esportiva de jovens no Brasil é tema de seminário no Senado

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NO TERCEIRO PAINEL DO SEMINÁRIO SOBRE FORMAÇÃO ESPORTIVA DE JOVENS, A COMISSÃO DE ESPORTE OUVIU REPRESENTANTES DO GOVERNO, DE ASSOCIAÇÕES E DE ENTIDADES ESPORTIVAS. ELES APONTARAM A NECESSIDADE DE MAIS INVESTIMENTOS E DE POLÍTICAS QUE CONCILIEM ESPORTE E VIDA ESCOLAR. REPÓRLTER HENRIQUE NASCIMENTO. No Distrito Federal, a pentacampeã brasileira e bicampeã sul-americana de jiu-jitsu, Welma Moreira, dedica parte do tempo a aulas gratuitas de jiu-jitsu para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no Sol Nascente, há 40 quilômetros de Brasília onde cresceu. Foi lá que, aos 12 anos, em 2015, ela conheceu a arte marcial que mudou a trajetória dela. (Welma Moreira) " Eu venho de projeto social, então iniciar aqui é importante para a gente, para a gente conseguir expandir, trazer a metodologia do jiu-jitsu para todo mundo. E aí, por eu ser de projeto social, por eu ter me tornado professora, eu fui convidada pelo Instituto Mãos Solidárias para estar ministrando aulas aqui. E aí, a partir do primeiro dia, foi um sucesso. E hoje a gente está com essa garotada aí, transformando vidas." O trabalho de Welma reflete o papel do esporte como ferramenta de transformação, tema em debate no Senado.   No terceiro seminário da Comissão de Esporte, convidados trataram das dificuldades de jovens atletas e das famílias, como custos das modalidades, pouca visibilidade do esporte escolar e a conciliação do treino com os estudos. O chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Esporte Amador, Paulo Afonso Quermes, citou 370 projetos que atendem mais de 200 mil jovens em todo o país. Mas defendeu ampliar os investimentos. (Paulo Afonso Quermes) O Ministério do Esporte precisa ter mais recursos para ampliar o seu trabalho, principalmente com foco na população jovem, eu diria não somente jovem das cidades ou das grandes cidades do Brasil. Nós precisamos chegar lá no interior, trabalharmos com os jovens ribeirinhos, com os jovens indígenas, com os jovens quilombolas. Já a presidente da Associação de Pais e Atletas de Natação, Tatiane de Andrade Rosa, relatou a dificuldade de manter os adolescentes no esporte quando chegam ao ensino médio em período integral. Segundo ela, muitos jovens acabam desistindo diante da falta de tempo para treinar. (Tatiane de Andrade Rosa) "Então ele precisa hoje estar na escola, no tempo regular, fazer o estudo integral, contraturno, e não sobra tempo para o treinamento. Então, esse é um grande problema que a gente tem encontrado, quando esses atletas já estão com 14 e 15 anos, chegando ao juvenil, conseguindo altos índices, muitos deles têm que desistir justamente por essa falta de conseguir conciliar escola e treinamento." O seminário é uma iniciativa da senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, que quer fazer um diagnóstico  sobre a realidade do esporte de formação no Brasil e apontar caminhos para políticas públicas mais efetivas. Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Henrique Nascimento.