CPMI do INSS pede ao STF autorização para ouvir empresários presos — Rádio Senado
CPMI do INSS

CPMI do INSS pede ao STF autorização para ouvir empresários presos

A CPMI do INSS pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para que dois empresários presos nesta sexta-feira (12) pela Polícia Federal prestem depoimento ao colegiado na próxima semana. Segundo as investigações, Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e Maurício Camisotti são suspeitos de participar do esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.

12/09/2025, 12h18 - atualizado em 12/09/2025, 13h46
Duração de áudio: 01:34
Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Transcrição
A CPMI DO INSS PEDIU AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL AUTORIZAÇÃO PARA TOMAR O DEPOIMENTO DE EMPRESÁRIOS PRESOS NESTA SEXTA-FEIRA PELA POLÍCIA FEDERAL. O CHAMADO CARECA DO INSS E MAURÍCIO CAMISOTTI ESTÃO ENVOLVIDOS NO ESQUEMA DE DESCONTOS INDEVIDOS EM BENEFÍCIOS PAGOS A APOSENTADOS E PENSIONISTAS. OS DETALHES COM O REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS. Após a prisão, nesta sexta-feira, dos empresários Antonio Carlos Camilo Antunes e Maurício Camisotti, o presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, autorização para o depoimento dos dois nos dias 15 e 18 de setembro. Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", é acusado de ser o operador do esquema de descontos indevidos em benefícios pagos a aposentados e pensionistas. Segundo a Polícia Federal, ele repassava os dados cadastrais das vítimas para associações e sindicatos. Em troca, recebia parte dos recursos desviados e pagava para servidores do INSS envolvidos no esquema. Já Maurício Camisotti seria sócio oculto de uma das associações que participaram das fraudes. Na opinião de Carlos Viana, a prisão dos empresários é o primeiro passo para garantir a devida apuração dos fatos e impedir a ocultação do patrimônio roubado. (senador Carlos Viana) "Nós temos outros suspeitos, pelo menos 19, que também precisam ir para a cadeia, são dirigentes de sindicatos, de associações que participaram de empresas fantasmas que recebiam e desviavam o dinheiro roubado dos aposentados, o dinheiro público do nosso país." Instalada em agosto, a CPMI do INSS investiga fraudes no órgão relacionadas a descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas. Da Rádio Senado, Alexandre Campos. 

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