Governo regulamenta pagamento de indenização e pensão para crianças com o zika vírus
O governo federal regulamentou o pagamento de indenização e pensão para crianças com a síndrome congênita do zika vírus. A medida atende à Lei nº 15.156/25, em virtude da qual foi definida a data da retroatividade da indenização. A lei foi promulgada em 2 de julho deste ano, após o Congresso Nacional derrubar o veto presidencial ao projeto de lei 6.064/2023.

Transcrição
APÓS DERRUBADA DE VETO, O GOVERNO REGULAMENTOU O PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO E DA PENSÃO PARA CRIANÇAS COM A SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS.
SENADOR DESTACA A NECESSIDADE DE AÇÕES PREVENTIVAS PARA O COMBATE AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI, QUE PROVOCA OUTRAS DOENÇAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
Em janeiro, o presidente Lula vetou o projeto discutido por quase dez anos da indenização e pensão para pessoas com deficiência permanente causada pela síndrome congênita associada ao vírus Zika.
A equipe econômica alegou falta de recursos, mas uma medida provisória previa o pagamento único de uma compensação de R$ 60 mil.
Em junho, o Congresso Nacional derrubou o veto e agora em setembro, o Ministério da Previdência definiu que a indenização será de R$ 50 mil e corrigida pela inflação desde julho.
Já a pensão vitalícia vai corresponder ao teto do INSS, que hoje é de R$ 8.157.
Segundo o governo, os dois pagamentos serão isentos do Imposto de Renda. E a pensão poderá ser acumulada com outros benefícios, a exemplo do BPC.
A comprovação da condição de saúde será feita por meio de laudo de junta médica a ser analisado pela Perícia Médica Federal.
O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, explicou que agora os recursos relacionados à indenização e à pensão das crianças acometidas pela zika estão garantidos no Orçamento.
O governo com a sensibilidade que tem o presidente Lula decidiu não apenas pelo pagamento de uma indenização no valor de R$ 50 mil criança corrigida por um índice de inflação e também a concessão da aposentadoria pelo teto da Previdência Social no valor de R$ 8 mil. Dessa maneira, o estado assume a responsabilidade por essas crianças e por encontrar com lenitivo para essas famílias.
Humberto Costa, que é médico, ressaltou que o mosquito Aedes Aegypti também provoca outras doenças, como a dengue e a Chikungunya.
O senador disse que o governo reforçou as ações para combater o mosquito, que costuma se proliferar na época das chuvas.
E o governo do presidente Lula tem se preocupado o tempo inteiro com as ações de prevenção, que passam desde o esclarecimento a população, pelo trabalho ativo dos agentes de endemias e que passam também pela adoção de tecnologias mais recentes, mais modernas e que são importantes e eficazes, como é o caso da vacina contra a dengue. Acho que estamos no caminho de enfrentar melhor essas doenças virais transmitidas pelo Aedes.
A infectologista Mardjane Lemos, responsável pelos primeiros diagnósticos da síndrome congênita pelo zika em Alagoas em 2015, explicou que o dano causado pelo vírus no cérebro dos bebês é irreversível.
Ela afirmou que as crianças com 10 anos de idade, que sobreviveram, precisam do acompanhamento de vários especialistas, a exemplo de fisioterapeutas e fonoaudiólogos.
Dados do Ministério da Saúde de março de 2024 citam o registro de 1.828 casos de síndrome congênita pelo Zika entre 2015 e 2023, sendo mais da metade no Nordeste. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

