Inflação será menor em 2026, aponta informativo da Consultoria de Orçamentos do Senado
A Consultoria de Orçamentos do Senado divulgou avaliação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, entregue em 31 de agosto. O informativo prevê crescimento do PIB de 2,4% e inflação próxima de 4%. Já o salário mínimo deve subir para R$ 1.631, com impacto de R$ 400 milhões a cada real de aumento.

Transcrição
A CONSULTORIA DE ORÇAMENTOS DO SENADO VÊ UM CRESCIMENTO MODESTO E INFLAÇÃO MAIS BAIXA NA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA DE 2026.
INFORMATIVO APONTA SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 1.631, R$ 245 BILHÕES PARA SAÚDE E ALERTA PARA DESAFIO NO USO EFICIENTE DOS RECURSOS. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM MAIS INFORMAÇÕES.
A proposta de orçamento da União para 2026 foi entregue ao Congresso no dia 31 de agosto.
Agora, a Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado divulgou um informativo com a avaliação dos principais números e cenários previstos para o próximo ano.
O documento mostra que o governo prevê que a economia cresça perto de 2,5% em 2026.
Maior crescimento ajuda a manter a dívida sob controle e dá previsibilidade para a economia.
Já a inflação deve ficar em torno de 4% no ano que vem, o que indica uma alta mais moderada nos preços, como explicou o consultor de Orçamentos do Senado, Daniel Leitão.
Há essa expectativa de que a inflação fique abaixo dos 4% saindo de um patamar de aproximadamente 5% agora de 2025. Esses números são reflexos do que as pessoas sentem nos preços de produtos e serviços que elas consomem. Nós também podemos ver as implicações na elaboração do orçamento, porque a correção da inflação, por exemplo, no salário mínimo, ela impacta benefícios previdenciários, seguros dos empregos, entre outras políticas públicas.
O salário mínimo deve subir de mil quinhentos e dezoito reais para mil seiscentos e trinta e um reais a partir de janeiro, uma diferença de 113 reais.
Esse reajuste considera a reposição da inflação e um ganho real de 2,5%, como explicou o consultor Daniel Leitão.
Para chegar nesse valor de 1.631, está aplicado uma correção de 7,4%. Então existe um ganho real no poder de compra do salário, mas a gente tem que pensar sempre também que é uma política de valorização que tem que se enquadrar dentro da realidade do país. Para a gente ter uma ideia, a estimativa é que a cada 1 real no salário mínimo, ele gera um aumento de 400 milhões de reais nas despesas federais.
O informativo também destaca que o governo estima um déficit menor nas contas públicas, abrindo espaço para investimentos.
Na área social, o orçamento prevê quase duzentos bilhões de reais para educação e mais de duzentos e quarenta bilhões para saúde. Segundo a consultoria, o desafio é garantir que esse dinheiro seja bem aplicado, já que ampliar recursos em uma área significa retirar de outra também importante.
O Bolsa Família deve atender vinte milhões de famílias, com benefício médio de seiscentos e sessenta e quatro reais. A manutenção do programa depende de cruzamentos de dados para assegurar que apenas quem tem direito receba o valor, garantindo que os recursos cheguem a quem mais precisa.
A proposta de orçamento ainda passará por audiências, emendas e votação antes de seguir para sanção presidencial.
Da Rádio Senado, Marcella Cunha

