Comissão do Senado decide investigar gestão dos Correios
A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor vai investigar possíveis irregularidades administrativas, financeiras, operacionais e institucionais na gestão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (PFS 2/2025). A iniciativa é da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e terá como relator o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O líder do PT, Rogério Carvalho (PT-SE), vai questionar essa investigação junto à direção do Senado por entender que extrapola as atribuições da CTFC previstas no Regimento Interno.

Transcrição
A COMISSÃO DE TRANSPARÊNCIA, GOVERNANÇA, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE E DEFESA DO CONSUMIDOR VAI INVESTIGAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES ADMINISTRATIVAS, FINANCEIRAS, OPERACIONAIS E INSTITUCIONAIS NA GESTÃO DA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS.
A PROPOSTA FOI APROVADA NESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor vai investigar os Correios. Após cinco anos de lucros, no período entre 2017 e 2021, a estatal tem apresentado prejuízos. O relator, senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, quer ouvir dirigentes e ex-dirigentes da empresa e do Fundo de Pensão Postalis. Ele também quer convocar os ministros das Comunicações, Fazenda e da Gestão para explicarem o rombo nos Correios.
São gravíssimas as denúncias apontadas. Todo o planejamento para coleta de informação, de informações, oitiva de pessoas importantes dentro da instituição dos Correios, a oitiva de servidores e até possíveis visitas in loco eu acredito que vão consubstanciar um relatório que seja fidedigno a toda suspeita que recai sobre os desvios bilionários e aos crimes cometidos contra as diversas pessoas dentro da própria instituição dos Correios.
O líder do PT, senador Rogério Carvalho, de Sergipe, no entanto, questiona a iniciativa da investigação pelo colegiado.
Eu vou encaminhar uma questão de ordem à Mesa Diretora do Senado, levantando todas as inconsistências que tem nessa proposta de fiscalização, porque extrapola, entra em empresas privadas que não é competência dessa comissão. Não é uma comissão parlamentar de inquérito, é uma comissão que tem por obrigação fazer a fiscalização de órgãos da administração direta e indireta. Não pode extrapolar para cada convocação. Tem que ter um requerimento específico e aqui tem uma construção total, ampla e de indefinição e dos requerimentos que devem ser aprovados individualmente.
A fiscalização será feita com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

