Comissão de Esporte debate formação de atletas e reforça vínculo entre escola e esporte
A Comissão de Esporte do Senado Federal discutiu em um seminário a formação esportiva de jovens no Brasil. Uma das participantes, a secretária de Estado do Esporte e Lazer de Sergipe, Mariana Dantas, avalia que o esporte nas escolas é fundamental para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Já a senadora Leila Barros (PDT-DF) declarou que boa parte das demandas trazidas pelos convidados foi vetada na Lei Geral do Esporte.

Transcrição
EM SEMINÁRIO DA COMISSÃO DE ESPORTE SOBRE A FORMAÇÃO ESPORTIVA DOS JOVENS, ESPECIALISTAS DEFENDEM QUE A PRÁTICA E A EDUCAÇÃO DEVEM CAMINHAR JUNTAS.
OS PARTICIPANTES TAMBÉM PEDIRAM A DESCENTRALIZAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA ATENDER ÀS REALIDADES REGIONAIS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA.
A Comissão de Esporte discutiu em um seminário a formação esportiva de jovens no Brasil.
O encontro destacou a necessidade de integrar esporte de base, alto rendimento e políticas educacionais, além de valorizar o impacto social do esporte em comunidades de diferentes regiões do país.
Um dos pontos levantados na reunião foi a relação indissociável entre esporte e educação.
A secretária de Estado do Esporte e Lazer de Sergipe, Mariana Dantas, defendeu que o esporte nas escolas é fundamental para o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Ela avalia que a prática deveria ser um componente obrigatório no currículo das escolas de tempo integral.
É praticamente impossível a gente falar de do desenvolvimento esportivo para essa faixa etária sem a gente trazer a educação pra mesa, né? Uma cidade que não tenha um saneamento básico, que não tenha uma iluminação elétrica, que não tem uma estrutura, mas ela tem uma escola e se ela tem uma escola, ela tem que ter esporte. E a gente sabe que os benefícios do esporte não acontecem do dia pra noite. Ele é um trabalho de formiguinha e tem que ser alimentado no dia a dia.
Mariana Dantas também citou estudos demonstrando que alunos que fazem esportes apresentam maior rendimento escolar e menor índice de evasão.
Já o representante do Conselho Nacional de Educação Física, Tharcísio Anchieta, defendeu a descentralização das políticas públicas e a necessidade de se olhar o país como um todo.
De maneira equivocada, num país de dimensõs continentais, normalmente esses centros especializados estão na região sul e na região sudeste. Eu moro no estado do Amazonas e nós temos escolas de zona rural ribeirinha onde as crianças vão para a escola remando em suas canoas. Não é possível que esse gestual motor que elas estão habituadas a fazer todo dia não possa ser aproveitado em esportes como canoagem, por exemplo.
A senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, lembrou que muitas necessidades levantadas durante o debate estavam previstas na Lei Geral do Esporte, da qual foi relatora.
Segundo ela, os 397 vetos prejudicaram a viabilidade da lei, entre eles, o que retirou a isenção fiscal para materiais esportivos.
A senadora pontuou, ainda, os desafios governamentais para que as políticas cheguem na ponta.
Fui também secretária do esporte, e a gente sabe das inúmeras dificuldades dentro de uma estrutura governamental, e a maior barreira é a compreensão da importância do esporte para quem comanda, digamos os governadores e prefeitos entenderem o quanto o esporte pode ser um grande parceiro na questão social e educacional, que faça com que a atividade física esteja embutida no seu dia a dia, e é na escola sim que a gente começa esse trabalho.
Também participaram da audiência o representante do Conselho Nacional do Esporte, que é secretário municipal de Esportes de Campinas, Fernando Vanin, e a diretora de Relações Institucionais do Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos, Roseane Estrela, entre outros.
Além de recursos, todos defenderam que o País precisa de projetos consistentes e integração entre as áreas. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

