Confúcio Moura alerta para epidemia silenciosa do uso de cigarros eletrônicos

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O SENADOR CONFÚCIO MOURA DIZ QUE O USO DE CIGARRO ELETRÔNICO ENTRE OS JOVENS SE TORNOU UMA EPIDEMIA SILENCIOSA E AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO E PROIBIÇÃO DESSES PRODUTOS DEVEM TER PRIORIDADE.  EM 2024, QUATRO MILHÕES DE ADULTOS FIZERAM USO DO CIGARRO ELETRÔNICO NO BRASIL. REPÓRTER MARIA BEATRIZ GIUSTI. Em referência ao Agosto Branco, mês da conscientização sobre o câncer de pulmão, o senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, declarou em Plenário que o aumento do uso de cigarros eletrônicos por adolescentes e jovens se tornou uma epidemia silenciosa.  Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2024, quase 24% dos jovens de 18 a 24 anos já tinham experimentado o cigarro eletrônico, também chamado de vape. Entre os adolescentes de 13 a 17 anos, o percentual foi de 17%. Já na população adulta, acima de 25 anos, 2,6% usaram o dispositivo, o que corresponde a 4 milhões de pessoas.  Considerando todos os tipos de cigarros, o percentual de fumantes no Brasil subiu 25%.  O senador também apontou o prejuízo econômico para o SUS. Uma pesquisa feita em 2019 pelo Instituto Nacional de Câncer apontou que para cada 1 real de lucro da indústria do tabaco, são gastos pelo país 5 reais com doenças relacionadas ao produto. (senador Confúcio Moura) "Estamos diante de uma epidemia silenciosa. Quando assustar, o estrago está feito. E qual é o custo dessa brincadeira de aumentar 25% de fumo no Brasil? Quanto custa isso? Custa aproximadamente, pelas pesquisas projetadas, R$ 150 bilhões de despesas a mais. R$ 150 bilhões de gastos com doenças relacionadas ao fumo. Perda de produtividade e impacto no sistema único-saúde." A pneumologista e coordenadora da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Maria Enedina Scuarcialupi, explica que fumantes de vape são mais propensos a desenvolver doenças respiratórias a curto prazo, em comparação com os fumantes de cigarros tradicionais, devido à chamada Evali, lesão pulmonar relacionada ao uso de cigarro eletrônico. (Maria Enedina Scuarcialupi) "São milhares de substâncias químicas, no cigarro eletrônico a gente não conhece todas, mas as poucas que a gente conhece, com certeza, já assustam bastante. E as outras substâncias são metais pesados, propileno glicol, a gente já tem documentação de doenças respiratórias e de morte com o cigarro eletrônico. As mortes pela doença Evali, elas aconteceram com três meses de uso."   Em Plenário, Confúcio Moura também defendeu três projetos de lei de sua autoria. Um deles prevê a proibição de aromas e embalagens chamativas. Outro projeto obriga escolas, a partir do sexto ano, a falarem sobre os riscos do uso do vape e, uma proposta pretende responsabilizar plataformas digitais que vendem o dispositivo de forma indiscriminada. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Maria Beatriz Giusti.