Líder do governo minimiza eleição de senador da oposição para a presidência da CPMI do INSS
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), negou que a eleição do senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência da CPMI do INSS represente derrota para o Planalto. O governo apostava no nome do senador Omar Aziz (PSD-AM), que acabou superado por três votos. Segundo Randolfe, a base aliada terá maioria na comissão, o que pode barrar requerimentos de caráter político. Já o senador Jorge Seif (PL-SC), da oposição, disse que a articulação garantirá investigações sem blindagem ao governo.

Transcrição
LÍDER DO GOVERNO MINIMIZA DERROTA NA ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA DA CPMI DO INSS E INDICAÇÃO DO RELATOR.
OPOSIÇÃO DIZ QUE ARTICULAÇÃO TEVE O OBJETIVO DE NÃO BLINDAR AS INVESTIGAÇÕES SOBRE AS FRAUDES NA PREVIDÊNCIA SOCIAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, admitiu falhas na articulação política na eleição para a presidência da CPMI do INSS.
O Palácio do Planalto dava como certa a aprovação do nome do senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, que indicaria o deputado Ricardo Ayres, do Republicanos do Tocantins, para a relatoria da comissão.
Mas os partidos de oposição, responsáveis pela criação da CPMI, decidiram lançar a candidatura do senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, que derrotou Omar Aziz por uma diferença de 3 votos.
Randolfe Rodrigues descartou manobras regimentais para invalidar a eleição, apesar de suplentes da oposição terem votado no lugar de governistas ausentes.
Ele declarou que a base aliada será a maioria na comissão, o que impedirá a aprovação de convocações ou pedidos de documentos com objetivo político.
(senador Randolfe Rodrigues) "Nós temos a maioria dos membros da CPMI são membros com lealdade ao governo. Nós vamos conduzir a CPMI. Não vamos permitir que a CPMI se torne palco da oposição nem muito menos resgatador de likes. A nossa condução, tenho certeza, que nós vamos consolidar a maioria que estava prevista desde o início nessa comissão."
Integrante da CPMI, o senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, disse que a oposição se articulou para garantir que as investigações avancem para identificar os responsáveis pelas fraudes no INSS.
(senador Jorge Seif) "É um grito de quem tinha certeza absoluta de que seria o presidente da CPMI. Com a presidência da CPMI, nós indicamos o relator e aí deixou de ser uma CPMI de bandeira branca como foi a do 8 de janeiro. O nosso motivo daqui acima de tudo é defender aqueles que foram roubados sistematicamente ladrões que se infiltraram no governo Lula para mexer na aposentadoria de milhões de pessoas."
Os integrantes da CPMI deverão votar o chamado plano de trabalho, que vai definir a linha de investigação, nos próximos dias.
Na lista de possíveis convocados estão os atuais e ex-ministros da Previdência e presidentes do INSS. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

