Presidente da Embratur destaca crescimento do turismo nacional

Transcrição
O TURISMO BRASILEIRO VIVE MOMENTO EXTRAORDINÁRIO, NA VISÃO DO PRESIDENTE DA EMBRATUR, MARCELO FREIXO, QUE ESTEVE EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA TERÇA-FEIRA. SEGUNDO ELE, OS NÚMEROS SUPERAM OS ALCANÇADOS NO ANO DA COPA DE 2014. REPÓRTER RAÍSSA ABREU. O turismo brasileiro vive um momento extraordinário. Foi o que disse em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo o diretor-presidente da Embratur, Marcelo Freixo. De acordo com Freixo, enquanto o mercado global de turismo cresce a um ritmo de 3% a 5%, de acordo com estimativas da ONU, o mercado brasileiro de turismo vem crescendo 48% ao ano. Ele informou que setor arrecadou em 2024 US$ 7,3 bilhões de dólares, valores superiores aos arrecadados em 2014, ano em que o Brasil foi sede da Copa do Mundo de Futebol e recebeu turistas do mundo todo.  Para Freixo, o impacto desses números na geração de empregos faz com que o turismo precise ser colocado entre as prioridades do país. É muito importante porque a cadeia de serviços do turismo impacta o motorista do aplicativo, o motorista do táxi, o garçom de um restaurante, o trabalhador de um hotel... É uma cadeia muito ampla de serviços impactada por esse número. Então a gente tá falando aí de 8 milhões de empregos, entre formais e informais. Se eu associar esse dado à receita do turismo, qual é a atividade econômica no Brasil que gerou US$ 7,3 bilhões e 8 bilhões de empregos? Não há! O senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, que presidiu a audiência, criticou o governo pelo decreto que passou a exigir, em abril desse ano, que cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão apresentem o visto para entrada no país. O decreto foi derrubado pelo Senado e aguarda a votação da Câmara. Se nós queremos aumentar o turismo no nosso país, colocar burocracia, taxa pra pagar... Não entra na minha cabeça, que países que são top do mundo, que têm uma economia forte, quando vêm pra cá não trazem marmita, trazem dólares... Então acho que foi uma medida contraproducente, ideológica e, no final, anti-econômica, contra o nosso turismo e o Brasil.  Freixo, porém, disse que não há razões para acreditar que a exigência dos vistos seja um impedimento estruturante à entrada de estrangeiros no Brasil. A audiência com o diretor-presidente da Embratur foi proposta pela senadora Dorinha Seabra, do União do Tocantins. Da Rádio Senado, Raíssa Abreu.