Cleitinho defende que ajuste das contas públicas não prejudique trabalhadores
Em audiência pública para discutir a medida provisória que trata da tributação de aplicações financeiras (MPV 1303/2025), o senador Cleitinho (Republicanos-MG) defendeu que o ajuste das contas públicas não recaia sobre o trabalhador. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ideia do governo é equilibrar as finanças e promover justiça tributária.

Transcrição
EM AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A MEDIDA PROVISÓRIA QUE TRATA DA TRIBUTAÇÃO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS, SENADOR ALERTA QUE AJUSTE DE CONTAS PÚBLICAS NÃO RECAIA SOBRE O TRABALHADOR.
NA OCASIÃO, O MINISTRO DA FAZENDA, FERNANDO HADDAD, AFIRMOU QUE A IDEIA DO GOVERNO É EQUILIBRAR AS FINANÇAS E PROMOVER JUSTIÇA TRIBUTÁRIA. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS.
Durante a audiência pública para discutir a medida provisória sobre regras de tributação de aplicações financeiras, o senador Cleitinho, do Republicanos de Minas Gerais, afirmou que sempre vai apoiar o governo, quando as medidas de ajuste das contas públicas não prejudicarem a parcela mais pobre da população.
Na opinião dele, uma forma de fazer isso é combater privilégios no setor público, como os supersalários de parcela de servidores. Cleitinho ainda afirmou que apoia a elevação dos tributos incidentes sobre o faturamento das chamadas bets, prevista na MP em discussão no Congresso Nacional.
(senador Cleitinho) "Isso precisa acabar, essa questão da bets, não passa para 18, não passa para 30, nem deveria ter beis, se já que regulamentou isso aqui, faz esse povo...esse povo nem aqui fica, tem que pagar mais, sim, tem como a gente compensar, basta ter coragem."
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ideia é equilibrar as contas públicas com a redução de privilégios a categorias e setores econômicos e com justiça tributária.
Ele lembrou que alguns projetos em análise no Congresso Nacional vão nessa linha, a exemplo do que isenta do Imposto de Renda os salários de até cinco mil reais.
Segundo o ministro, o benefício será compensado com a maior tributação de quem atualmente recebe mais e paga menos impostos.
Já a proposta do senador Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina, define critérios para a concessão e manutenção de renúncia fiscal.
Já aprovado pelo Senado, o projeto aguarda votação da Câmara dos Deputados.
Para Haddad, é preciso avaliar se os benefícios concedidos estão gerando o retorno esperado.
(ministro Fernando Haddad) "Quando você vai fazer um corte mais drástico de um benefício fiscal, tem que ter um estudo justificando. Quando a gente defendeu a reoneração da folha gradual, nós tínhamos 11 estudos acadêmicos mostrando que o impacto do programa não tinha sido bom. Quando a gente propôs uma revisão do PERSE, é porque o PERSE já tinha cumprido os seus objetivos. Foram 60 bilhões de reais investidos no PERSE. Lamentavelmente, metade disso foi para fora do país, porque o recorte do programa não ficou ajustado para defender o capital nacional. Acabamos pegando grandes cadeias de hotéis, de restaurantes e acabamos também cometendo alguns excessos."
Fernando Haddad citou ainda o projeto que define regras de identificação e penalização do devedor contumaz, o contribuinte que opera suas atividades por meio de fraudes contra o Fisco. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

