Banco vermelho é instalado no Senado pela luta contra a violência contra mulher — Rádio Senado
Campanha

Banco vermelho é instalado no Senado pela luta contra a violência contra mulher

Desde o ano passado, as cidades brasileiras precisam instalar bancos vermelhos em espaços públicos para representar o combate à violência contra mulher. A Lei 14.942/2024 faz parte de uma campanha de conscientização sobre a violência e o feminicídio durante o Agosto Lilás. No Senado, uma das diversas iniciativas previstas para o mês é a instalação de um grande banco vermelho com frases de resistência e canais de denúncia na Praça das Abelhas, espaço de grande circulação.

07/08/2025, 18h03 - atualizado em 07/08/2025, 18h09
Duração de áudio: 03:16
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
DURANTE O AGOSTO LILÁS, SENADO FAZ PARTE DA CAMPANHA DO BANCO VERMELHO, SÍMBOLO DA LUTA PELO COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. REPÓRTER MARIA BEATRIZ GIUSTI Desde o ano passado, as cidades brasileiras precisam instalar bancos vermelhos em espaços públicos para representar o combate à violência contra mulher. Esta lei faz parte de uma campanha de conscientização durante o Agosto Lilás sobre a violência e o feminicídio. No Senado, uma das diversas iniciativas foi a instalação de um grande banco vermelho próximo ao Túnel do Tempo com frases de resistência e canais de denúncia.  Apesar dos esforços para diminuir a violência, o número de casos continua crescendo. A última pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública sobre violência apontou que, em 2023, quase 1.500 mulheres foram vítimas de feminicídio no país, o que representa mais de quatro mulheres mortas por dia. O estudo também mostrou que esse foi o maior número desde 2015, quando a pesquisa começou.  A violência doméstica também teve um aumento, com mais de 280 mil casos denunciados por ano, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Os dados também mostraram que, em 2023, foi registrado um crime de estupro a cada seis minutos, o que significa mais de 83 mil mulheres violentadas.   Durante a inauguração do banco vermelho, a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, falou sobre a necessidade de entender o perfil do agressor e os motivos por trás do crime. Além disso, ela também ressaltou a importância da resistência das mulheres em um mundo dominado por homens, como na política.    Que nós, mulheres ativas na sociedade, que as senhoras, mulheres senadoras e todas as mulheres, que como eu também, diretora-geral do Senado, não aceitam se esconder atrás de ninguém e que lutam por ter voz ativa, por ter a sua opinião, somos nós, a nossa presença, que somos a resistência, a covardia do Banco Vermelho.   Já a senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, entende que não bastam campanhas de conscientização, e sim investimentos e leis que protejam cada vez mais as mulheres.  Como o médica, por anos, atendia em pronto-socorro de hospitais mulheres gravemente feridas pelo companheiro. Além de leis e campanhas de abrangência nacional para combater o machismo, os parlamentares e os gestores do poder executivo devem, sim, aprovar e garantir recursos aos sametários para as políticas públicas em defesa da mulher e investimentos que sejam permanentes e resistam à troca de governo.   O Agosto Lilás no Senado contará com eventos culturais, debates, seminários e oficinas de conscientização durante todo o mês. No último dia, no Plenário do Senado, serão discutidos aumento dos casos de feminicídio e soluções para o enfrentamento. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Maria Beatriz Giusti.  

Ao vivo
00:0000:00