Executivo e Congresso reagem à tarifa dos EUA e falam em ‘agressão ao Brasil’ — Rádio Senado
Atuação parlamentar

Executivo e Congresso reagem à tarifa dos EUA e falam em ‘agressão ao Brasil’

Após reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, sobre o tarifaço dos Estados Unidos, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, declarou que o Parlamento está unido na defesa da soberania do País contra o que chamou de "agressão". O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, disse que o Legislativo está pronto para responder às necessidades do Poder Executivo.

16/07/2025, 13h26 - atualizado em 16/07/2025, 15h16
Duração de áudio: 03:05
Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal

Transcrição
APÓS REUNIÃO COM O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, PRESIDENTE DO SENADO DIZ QUE TARIFAÇO DOS ESTADOS UNIDOS É UMA AGRESSÃO AO POVO BRASILEIRO. JÁ O PRESIDENTE DA CÂMARA DECLAROU QUE O CONGRESSO NACIONAL ESTÁ PRONTO PARA AGIR AO LADO DO GOVERNO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se reuniu com o vice-presidente da República, e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para tratar da tarifa de 50% aos produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos.  No encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e outros senadores, Geraldo Alckmin reforçou que há um equívoco por parte da Casa Branca ao citar que a balança comercial é deficitária para o Brasil, ou seja, os Estados Unidos vendem mais do que compram. E revelou que as alíquotas cobradas dos produtos norte-americanos são de 2,7%.   Ao afirmar que o tarifaço é inadequado e injusto, o vice-presidente afirmou que o Executivo estará unido com o Congresso Nacional para negociar uma solução que não comprometa a economia brasileira. Em resposta, o presidente do Senado declarou que o Legislativo está unido na defesa dos interesses nacionais.  (senador Davi Alcolumbre) "Vamos defender a soberania nacional, vamos defender os empregos dos brasileiros e defender os empresários brasileiros, que geram a riqueza que o Brasil. Tenho convicção também que esse processo tem que ser liderado pelo Poder Executivo. E vejo nesse momento de agressão ao Brasil e aos brasileiros, isso não é correto. Temos que ter firmeza e resiliência e tratar com serenidade essa relação. Buscar estreitar os laços e fazer as coisas acontecerem defendendo os brasileiros. O Parlamento está inteiramente à disposição da defesa dos interesses do Brasil." Ao destacar o papel da diplomacia, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, citou o momento de unidade nacional e de proteção da indústria e dos empregos.  (deputado Hugo Motta) "Nós estamos aqui prontos para estar na retaguarda do Poder Executivo para que as decisões que forem necessárias à ação do Parlamento nós possamos agir com rapidez, com agilidade para que o Brasil possa sair mais forte desta crise. A nossa população entende que o Brasil não pode ser levado a situações, que decisões externas venham a interferir na nossa soberania. O Brasil hoje tem uma importância muito grande no cenário mundial e nós não temos a menor dúvida de que com união, com compromisso e muita responsabilidade nós iremos superar esse momento protegendo todos os brasileiros e brasileiras."  Também participaram do encontro sobre o tarifaço dos Estados Unidos a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; os presidentes das Comissões de Assuntos Econômicos, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas; e das Relações Exteriores, Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul; os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia; e no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá; além do líder do PT, Rogério Carvalho, de Sergipe, e os senadores Weverton Rocha, do PDT do Maranhão, e Fernando Farias, do MDB de Alagoas. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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