Senado exibe pinturas feitas com cinzas das queimadas no Pantanal
De 15 a 18 de julho, no Espaço Cultural Ivandro Cunha Lima, no Senado, acontece a exposição “Cinzas da Floresta – Bioma Pantanal: um chamado para a conservação das áreas úmidas à luz da COP 30”, com 30 obras de artistas de rua feitas com tintas à base de cinzas dos incêndios que devastaram o Pantanal entre 2020 e 2024. Na terça-feira (15), às 17h, o Salão Nobre da Câmara dos Deputados será palco da abertura oficial da mostra, que conta com o apoio da Frente Parlamentar Ambientalista e da Environmental Justice Foundation (EJF).

Transcrição
O SENADO RECEBE A PARTIR DESTA TERÇA-FEIRA, NO ESPAÇO IVANDRO CUNHA LIMA, A EXPOSIÇÃO 'CINZAS DA FLORESTA – BIOMA PANTANAL: UM CHAMADO PARA A CONSERVAÇÃO DAS ÁREAS ÚMIDAS À LUZ DA COP 30'.
A ABERTURA É NESSA TERÇA-FEIRA, ÀS CINCO DA TARDE, NO SALÃO NOBRE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. O REPÓRTER CESAR MENDES TEM MAIS DETALHES.
A exposição “Cinzas da Floresta – Bioma Pantanal: um chamado para a conservação das áreas úmidas à luz da COP 30” reúne 30 obras de artistas de rua, de diferentes regiões do país, criadas com tintas à base de cinzas dos incêndios que devastaram o Pantanal entre 2020 e 2024. A exposição faz parte do projeto do artista e ativista ambiental Mundano, que desde 2021 transforma as cinzas de incêndios florestais em pigmentos para obras de arte.
Organizadora da exposição, Luciana Leite, da Environmental Justice Foundation, explica que as cinzas dão corpo a imagens que revelam o impacto humano e ambiental dos incêndios florestais e que o objetivo de Mundano ao trazer a exposição dessas obras ao Congresso é sensibilizar os representantes do povo para a urgência de proteger o Pantanal e outros biomas brasileiros.
(Luciana Leite) "Nesse recorte Pantanal, a gente, à luz da COP30, convidou 30 artistas para pintarem 30 obras com cinzas do Pantanal, em um ano que é muito importante, não só com relação às negociações climáticas que acontecem esse ano em Belém (na COP 30), mas também um ano que é muito importante para o Pantanal, onde nas casas legislativas, na Câmara e no Senado, estão sendo discutidos projetos de lei que impactam diretamente o bioma,
Luciana explica ainda que a exposição tenta promover uma aproximação entre as ruas do país, por meio dos artistas de rua convidados, e os espaços do Senado.
(Luciana Leite) "Que ela possa servir de pivô para realmente discussões mais aprofundadas de qual projeto de lei para proteção do bioma Pantanal a gente precisa; dos nossos senadores e deputados ouvirem a população quando expressa sua preocupação com o meio ambiente; que essa exposição possa trazer essa aproximação do povo com as casas legislativas."
A exposição inclui obras de Mari Pavanelli, Carina Mello, Berg e Nels Armour, além do próprio Mundano, entre outros artistas de rua. A mostra também chama atenção para o prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, dezembro deste ano, para que o Congresso aprove uma lei federal de proteção ao Pantanal. No ano passado, o Senado votou o projeto do senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, que cria o Estatuto do Pantanal; matéria que está agora em análise na Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

