Senadores debatem educação profissional e tecnológica no novo PNE — Rádio Senado
Ciclo de debates

Senadores debatem educação profissional e tecnológica no novo PNE

A Comissão de Educação fez o nono debate do ciclo sobre o novo Plano Nacional da Educação - PNE (PL 2614/2024), tendo como tema a educação profissional e tecnológica. Marcelo Ponciano, do CONIF, pediu atenção para o ensino médio integrado, que é diferente do "ensino médio articulado". Já Cleonice Matos, da BRASILTEC, disse que o PIB crescerá 2,32% se o país triplicar as matrículas em cursos técnicos, enquanto Marcelo Bregagnoli, do MEC, garantiu que essa modalidade de educação já é prioridade.

08/07/2025, 18h27 - atualizado em 08/07/2025, 18h49
Duração de áudio: 03:12
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO REALIZOU A NONA AUDIÊNCIA PÚBLICA, DE UM TOTAL DE DOZE DESTINADAS A DEBATER O NOVO PNE - PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. O TEMA DESSA VEZ FOI O ENSINO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICO. REPÓRTER CESAR MENDES. Enviado pelo Executivo, o Novo Plano Nacional de Educação (PNE) institui metas, objetivos e estratégias para o ensino até 2034. A alfabetização, a educação integral, a diversidade, a inclusão, a estrutura e o funcionamento das escolas fazem parte dessas metas e os maiores desafios são o fim do analfabetismo entre jovens e adultos e a garantia de qualidade e equidade na oferta da educação básica. Antes da votação do projeto, porém, a senadora Tereza Leitão, do PT de Pernambuco, decidiu ouvir na Comissão de Educação especialistas e representantes das entidades do setor. (senadora Tereza Leitão) "Num ciclo que nós estamos fazendo aqui na comissão para debater o projeto de lei número 2614, que institui o novo Plano Nacional de Educação." Representante do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF), Marcelo Ponciano explicou que a rede, formada por mais de 656 unidades escolares em todo o país, abrange da educação básica à pós-graduação; e alertou que o projeto não trata de forma adequada do "ensino médio integrado", mas apenas do "ensino médio articulado". (Marcelo Ponciano) "Há uma diferença de um ensino médio articulado com um ensino médio integrado. Na grade curricular do ensino médio integrado, nós temos um único PPC, Projeto Pedagógico de Curso, que trabalha desde a formação básica até a formação técnica; com matérias, disciplinas, que interrelacionam entre si. Então, o estudante aplica aquilo na sua formação profissional prática. Diferente do ensino articulado, onde você tem um PPC para o ensino médio e um PPC para o ensino técnico; e tratam as duas coisas de forma desarticulada." Cleunice Matos, do Fórum Nacional das Mantenedoras de Instituições de Educação Profissional e Tecnológica (BRASILTEC), defendeu a inclusão, no PNE, da meta de triplicar as matrículas em cursos técnicos. (Cleunice Matos Rehem) "Tem uma pesquisa do INSPER que mostra que se o Brasil triplicar as matrículas em cursos técnicos, isso impactaria no aumento do PIB de 2,32% porque são novos postos que serão ocupados, não é? É trabalho e renda que teríamos em termos de produtividade e a questão da competitividade e sustentabilidade da economia." O representante do Ministério da Educação, Marcelo Bregagnoli, disse que o governo prioriza os avanços na educação profissional e tecnológica e que o ensino médio articulado com essa modalidade de educação é visto como "ponta de lança" para a implantação da escola de tempo integral. Ele destacou como inovação do PNE a meta 11D, que trata da oferta de cursos de qualificação profisssional, com 160 horas ou mais, para permitir a requalificação dos trabalhadores diante das inovações do mundo do trabalho. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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