Curupira vira mascote da COP 30 e leva debate ambiental ao Senado
O Curupira, personagem folclórico conhecido por proteger as florestas, foi escolhido como mascote oficial da COP30, que acontecerá em Belém. Representando a cultura amazônica e a defesa do meio ambiente, a figura simboliza a conexão do homem com a natureza e a importância da proteção da fauna e flora. O Senado acompanha os preparativos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima por meio de uma subcomissão da Comissão de Meio Ambiente, que trata da infraestrutura e dos compromissos brasileiros.

Transcrição
O CURUPIRA, GUARDIÃO DAS FLORESTAS NA TRADIÇÃO POPULAR BRASILEIRA, SERÁ O MASCOTE DA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MUDANÇA DO CLIMA.
A FIGURA FOLCLÓRICA VAI REPRESENTAR O COMPROMISSO AMBIENTAL DO PAÍS NA COP30, QUE VAI OCORRER EM BELÉM, NO PARÁ, EM NOVEMBRO. REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO.
Cabelos de fogo, pés virados para trás e um objetivo: proteger as matas e os animais.
Com essas credenciais, o Curupira foi escolhido como mascote oficial da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima, que ocorrerá em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro.
Personagem do folclore indígena brasileiro, o Curupira é conhecido por confundir caçadores, proteger a floresta e punir quem desrespeita a natureza.
A escolha da figura simbólica busca conectar o evento com a cultura amazônica e aproximar o debate ambiental das novas gerações.
É o caso da pequena Fernanda, de 8 anos, que cresceu ouvindo histórias do Curupira. Para ela, o personagem não é apenas uma lenda, mas um guardião da floresta.
(Fernanda) "O curupira cuidava dos bichos. Então, ele tinha pelos, dente verde e sobrancelha verde e cabelo de fogo. Ele bate aqui nos troncos da árvore pra ver que tá tudo delicado para não cair. Então, quando ele vê cortando a árvore, ele fica muito bravo."
A primeira menção ao Curupira foi registrada pelo padre José de Anchieta, em 1560. Desde então, ele foi temido, cultuado e hoje reaparece como símbolo de defesa ambiental em um dos maiores eventos climáticos do mundo.
Para o escritor paraense Paulo Maués, autor do livro Histórias de Curupira, a lenda segue viva no imaginário popular e carrega uma função educativa.
(Paulo Maués) “De todos os personagens que são protetores da natureza, o Curupira é o principal. O homem da Amazônia tem uma relação muito curiosa com esse personagem. É um personagem que pode ajudar um homem na caçada, mas que também pode castigar esse mesmo homem se ele entrar na floresta para maltratar tanto a fauna quanto a flora.”
O Senado também está envolvido na preparação da COP 30.
Uma subcomissão foi criada dentro da Comissão de Meio Ambiente para acompanhar os preparativos do evento.
O grupo de senadores vai debater temas como infraestrutura, compromissos ambientais e a presença brasileira no evento.
Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Henrique Nascimento.

