Curupira vira mascote da COP 30 e leva debate ambiental ao Senado — Rádio Senado
Folclore Ambiental

Curupira vira mascote da COP 30 e leva debate ambiental ao Senado

O Curupira, personagem folclórico conhecido por proteger as florestas, foi escolhido como mascote oficial da COP30, que acontecerá em Belém. Representando a cultura amazônica e a defesa do meio ambiente, a figura simboliza a conexão do homem com a natureza e a importância da proteção da fauna e flora. O Senado acompanha os preparativos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima por meio de uma subcomissão da Comissão de Meio Ambiente, que trata da infraestrutura e dos compromissos brasileiros.

03/07/2025, 13h27 - atualizado em 03/07/2025, 18h16
Duração de áudio: 02:36
Divulgação: Mayara Souto/COP30

Transcrição
O CURUPIRA, GUARDIÃO DAS FLORESTAS NA TRADIÇÃO POPULAR BRASILEIRA, SERÁ O MASCOTE DA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A FIGURA FOLCLÓRICA VAI REPRESENTAR O COMPROMISSO AMBIENTAL DO PAÍS NA COP30, QUE VAI OCORRER EM BELÉM, NO PARÁ, EM NOVEMBRO. REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO. Cabelos de fogo, pés virados para trás e um objetivo: proteger as matas e os animais. Com essas credenciais, o Curupira foi escolhido como mascote oficial da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima, que ocorrerá em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro. Personagem do folclore indígena brasileiro, o Curupira é conhecido por confundir caçadores, proteger a floresta e punir quem desrespeita a natureza. A escolha da figura simbólica busca conectar o evento com a cultura amazônica e aproximar o debate ambiental das novas gerações. É o caso da pequena Fernanda, de 8 anos, que cresceu ouvindo histórias do Curupira. Para ela, o personagem não é apenas uma lenda, mas um guardião da floresta.  (Fernanda) "O curupira cuidava dos bichos. Então, ele tinha pelos, dente verde e sobrancelha verde e cabelo de fogo. Ele bate aqui nos troncos da árvore pra ver que tá tudo delicado para não cair. Então, quando ele vê cortando a árvore, ele fica muito bravo." A primeira menção ao Curupira foi registrada pelo padre José de Anchieta, em 1560. Desde então, ele foi temido, cultuado e hoje reaparece como símbolo de defesa ambiental em um dos maiores eventos climáticos do mundo. Para o escritor paraense Paulo Maués, autor do livro Histórias de Curupira, a lenda segue viva no imaginário popular e carrega uma função educativa. (Paulo Maués) “De todos os personagens que são protetores da natureza, o Curupira é o principal. O homem da Amazônia tem uma relação muito curiosa com esse personagem. É um personagem que pode ajudar um homem na caçada, mas que também pode castigar esse mesmo homem se ele entrar na floresta para maltratar tanto a fauna quanto a flora.”  O Senado também está envolvido na preparação da COP 30. Uma subcomissão foi criada dentro da Comissão de Meio Ambiente para acompanhar os preparativos do evento. O grupo de senadores vai debater temas como infraestrutura, compromissos ambientais e a presença brasileira no evento. Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Henrique Nascimento.

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