Brasil sedia Encontro Latino-americano sobre Armas e Gênero
Cooperação no controle de armas e na prevenção ao feminicídio estão entre os objetivos do 4º Encontro Latino-Americano sobre Armas e Gênero, evento que pela 1ª vez é sediado no Brasil e que vai até sexta-feira (27), em Fortaleza (CE). A senadora Augusta Brito (PT-CE) representa o Senado no evento e articulou o encontro com parlamentares latino-americanos e o Secretariado do Tratado sobre o Comércio de Armas das Nações Unidas. O Brasil assinou o TCA em 2013 e, em 2018, o texto foi ratificado pelo Congresso.

Transcrição
O BRASIL É SEDE, PELA PRIMEIRA VEZ, DO ENCONTRO LATINO-AMERICANO SOBRE ARMAS E GÊNERO.
PREVENÇÃO AO FEMINICÍDIO E CUMPRIMENTO DO TRATADO SOBRE O COMÉRCIO CONTROLADO DE ARMAS PELOS PAÍSES DA REGIÃO ESTÃO ENTRE OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DO EVENTO, QUE VAI ATÉ ESTA SEXTA-FEIRA EM FORTALEZA. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
Cooperação no controle de armas e na prevenção ao feminicídio estão entre os objetivos principais do 4º Encontro Latino-Americano sobre Armas e Gênero, evento que pela primeira vez é sediado no Brasil, em Fortaleza, no Ceará. A senadora Augusta Brito, do PT cearense, organizou o encontro em articulação com parlamentares latino-americanos e o Secretariado do Tratado sobre o Comércio de Armas, das Nações Unidas. O Brasil assinou esse Tratado em 2013 e, em 2018, o texto foi ratificado pelo Congresso Nacional. Em 2022, ele foi promulgado, passando a ter força de lei federal. Augusta Brito, que representa o Senado no evento, explica que o feminicídio é o elo que conecta o descontrole na circulação de armas com a questão de gênero e, por isso, o cumprimento do Tratado pelos países latino-americanos pode significar mais segurança não só nas ruas, mas também dentro de casa:
(senadora Augusta Brito) "Tem que fiscalizar, ver, realmente, o que está sendo implementado desse Tratado, para que a gente possa ter um controle maior nessa comercialização de armas. Com o aumento de armas, a gente sabe que, infelizmente, também, a gente tem um aumento de mortes de mulheres na questão do feminicídio. Então, é com muita responsabilidade que a gente traz esse encontro para o Brasil e a gente quer, no final desses três dias, sair mais fortalecido e comprometido com uma questão que é muito séria, muito grave e que a gente tem que discutir, debater, controlar e decidir as questões que têm que ser feitas hoje, não deixar para depois."
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, ao menos 11 mulheres são vítimas de feminicídio na América Latina e no Caribe todos os dias. As armas de fogo são o principal meio usado nesses crimes. Entre as boas práticas compartilhadas por representantes do Brasil, México, Costa Rica, Peru, Equador e Paraguai nas mesas técnicas do Encontro Latino-Americano sobre Armas e Gênero, estão a adoção de mecanismos de rastreamento de armas e munições; o monitoramento digital de vendas e a assinatura de acordos bilaterais de fiscalização. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

