Líder do PT minimiza relatório da IFI que sugere reforma fiscal
O líder do PT, senador Rogério Carvalho (PT-SE), minimizou o alerta da Instituição Fiscal Independente sobre a insustentabilidade fiscal, publicado no Relatório de Acompanhamento Fiscal de junho. Segundo ele, o cenário real da economia é de desemprego em queda, inflação controlada e crescimento de 3% ao ano, e não justifica o pessimismo. Rogério criticou a defesa de um novo teto de gastos e afirmou que o Brasil adota um modelo flexível, alinhado à Europa.

Transcrição
O LÍDER DO PARTIDO DOS TRABALHADORES MINIMIZOU O RELATÓRIO DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE QUE APONTA INSUSTENTABILIDADE DO ARCABOUÇO FISCAL.
PARA ROGÉRIO CARVALHO, OS DADOS SÃO PESSIMISTAS, JÁ QUE O DESEMPREGO ESTÁ EM QUEDA E A INFLAÇÃO SOB CONTROLE. REPÓRTER MARCELLA CUNHA.
O líder do PT, senador Rogério Carvalho, de Sergipe, minimizou as preocupações levantadas pela Instituição Fiscal Independente no relatório de junho sobre a insustentabilidade do arcabouço fiscal.
O documento aponta que a situação das contas públicas é crítica, mesmo o Governo Federal atingindo a meta fiscal deste ano, no limite, com um déficit previsto de 28 bilhões de reais.
E revela que se o atual cenário das contas públicas for mantido, as metas fiscais previstas para 2026 são “inatingíveis”.
Mas para Rogério Carvalho, as projeções são pessimistas e não refletem o verdadeiro cenário econômico observado no país.
(senador Rogério Carvalho) "Essa baixa autoestima de algumas pessoas interfere na vida do nosso país. Eu não estou vendo nada de pessimismo, a gente está com redução de desemprego, a gente está tirando as pessoas da fome e da miséria, a gente está crescendo a uma taxa de 3% ao ano, a gente está com a inflação controlada. O comércio está crescendo, a indústria cresceu, o agronegócio está crescendo. Pera aí, nós estamos falando do mesmo Brasil ou eles estão vendo um Brasil que é o Brasil da crise para vender e para fazer especulação e dar ganho para alguém?"
A IFI defende que só uma reforma fiscal estrutural urgente poderá estancar o crescimento da dívida pública.
Mas para o senador Rogério Carvalho, a economia segue em frente, apesar do excesso de pessimismo. E não há motivo para novos limites constitucionais de gastos.
(senador Rogério Carvalho) "As pessoas querem o quê? Um teto de gasto? A Europa só saiu da crise depois que introduziu um arcabouço fiscal mais flexível. E o Brasil seguiu na mesma linha dos países europeus e da União Europeia, tendo um arcabouço fiscal mais flexível, onde as despesas crescem de acordo com a capacidade de arrecadação, de acordo com o crescimento econômico. Eu acho que as pessoas não acreditam, na verdade, no Brasil e não incorporam que esse país é um gigante."
Segundo o relatório da Instituição Fiscal Independente, a dívida pública pode chegar a 125% do PIB nos próximos dez anos. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

