Nova gestão do Comitê Olímpico Brasileiro é tema de debate no Senado
A Comissão de Esporte debateu os planos da nova gestão do Comitê Olímpico do Brasil. O presidente do COB, Marco Antônio La Porta, disse que além do esporte, os pilares de trabalho são a educação, o movimento olímpico e a governança. Já o diretor-geral, Emanuel Rego, revelou que a atual gestão recebeu um déficit de R$ 78 milhões. Para a senadora Leila Barros (PDT-DF), o debate é fundamental para assegurar políticas públicas e verbas no orçamento para o esporte.

Transcrição
O PLANEJAMENTO DA NOVA GESTÃO DO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO FOI TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE ESPORTE. REPÓRTER CESAR MENDES.
Iniciada em janeiro, a nova gestão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) por Marco La Porta tem como foco a modernização da entidade, o fortalecimento do esporte olímpico nacional e a preparação para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
Autora do pedido do debate, a senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, apontou a importância da transparência a respeito dos planos da nova gestão do COB.
(senadora Leila Barros) "Para garantirmos políticas públicas e orçamento eficientes para o fortalecimento das federações, confederações e apoio à base esportiva. O movimento olímpico brasileiro tem um papel estratégico no desenvolvimento do esporte, na promoção de valores sociais e no fortalecimento da identidade nacional."
O presidente do comitê, Marco La Porta, destacou o aumento das medalhas brasileiras em jogos olímpicos desde a entrada em vigor da Lei Pelé, em 1998, que além de estabelecer normas gerais sobre o desporto, promoveu sua democratização, a proteção dos direitos dos atletas e a regulação das relações trabalhistas, com incentivos à profissionalização da gestão.
Marco La porta explicou que o COB, que completou 111 anos em maio, é uma organização não governamental filiada ao Comitê Olímpico Internacional, com o dever de propagar o movimento olímpico pelo país, devendo prestar contas ao Tribunal de Contas da União e à Controladoria Geral da União.
Ele apresentou os quatro pilares de trabalho da entidade.
(Marco Antônio La Porta) "Educação e cultura, movimento olímpico, governança e gestão, e obviamente o esporte, que é o 'core' do COB. Então, a gente tem uma preocupação muito grande com a promoção da educação do movimento olímpico; a partir da educação e cultura, a gente tem resgatado cada vez mais a história do esporte olímpico, para a gente poder sempre estar reverenciando os nossos atletas olímpicos, nossos heróis olímpicos."
O diretor-geral do COB, Emanuel Rego, ex-atleta olímpíco do vôlei de praia, apresentou os programas do comitê para atletas iniciantes, de alto rendimento e para os que já concluíram seus ciclos e se encontram na etapa de transição de carreira; além de treinadores e gestores.
Ele revelou que a atual gestão herdou um déficit de 78 milhões de Reais.
(Emanuel Rego) "A partir dessa organização, limitação das áreas, chegou-se a um acúmulo de receita, graças à área de marketing e também de comercial, que trouxe o novo patrocínio com Adidas, uma renovação direta com a Caixa Econômica. Então, nós aumentamos o nosso recurso praticamente em 70 milhões; e também fizemos um reajuste nas despesas, diminuindo quase 7 milhões."
A senadora Leila disse que pretende discutir em um seminário, o esporte de base no Brasil, o movimento olímpico e o esporte de alto rendimento. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

