Primeira reunião de Mulheres Parlamentares do Brics discute inteligência artificial
Uma reunião de mulheres parlamentares marcou o início do 11º Fórum Parlamentar do Brics, nesta terça-feira (3). Entre outros assuntos, elas debateram como a inteligência artificial impacta a atuação parlamentar e a vida das mulheres.

Transcrição
A REUNIÃO DE MULHERES PARLAMENTARES MARCOU O INÍCIO DO DÉCIMO PRIMEIRO FÓRUM PARLAMENTAR DO BRICS, QUE TEM A ABERTURA OFICIAL AGENDADA PARA ESTA QUARTA-FEIRA.
EM SEGUIDA, ELAS S REUNIRAM PAR DICUTIR COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL IMPACTA AS MULHERES.
QUEM ACOMPANHOU FOI A REPÓRTER MARCELLA CUNHA
Durante a abertura da Reunião de Mulheres Parlamentares do Brics, a senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, afirmou que não é possível falar em desenvolvimento sem igualdade de gênero. Ela destacou pontos dos principais temas de debate do Fórum, e como as mulheres são mais suscetíveis à violência digital, especialmente as mulheres públicas que sofrem com o chamado deepfake. Leila também defendeu o fortalecimento das mulheres para enfrentar crises climáticas.
A mulher faz parte de um grupo mais vulnerável a essas mudanças. É a mulher que está ali no front, é ela que está na agricultura, na base dos povos tradicionais. Ela é atingida de uma forma real. E esse debate a gente tem muita resistência de fazer. Aliás, quando a gente fala de meio ambiente dentro do Congresso Nacional, a gente não trata com a devida urgência, muito dessa pauta é mais tratado num ambiente feminino do que pelos homens.
Em seguida, as parlamentares se reuniram para a Primeira Sessão de Trabalho da Reunião de Mulheres Parlamentares, com participantes dos Emirados Árabes, da China, Índia, do Irã e do Brasil. Com o tema: Mulheres na Era da Inteligência Artificial: Entre a Proteção de Direitos e a Inclusão Feminina na Economia Digital, a representante chinesa reforçou que 47 milhões de mulheres estão contratadas por plataformas de comércio digital. Mas a senadora Tereza Cristina, do PP de Mato Grosso do Sul, defendeu que a participação feminina tem espaço para crescer ainda mais e que a tecnologia não pode ser um muro, mas uma ponte para a inclusão.
A inteligência artificia ela está aí para o bem e para o mundo. Tem a má utilização dessa ferramenta, mas que nós não podemos nos vitimizar, nós temos que ser protagonistas, trabalhar para que cada vez mais as mulheres estejam à frente, inseridas nesse contexto, dessa nova ferramenta, que é o que vai dominar o mundo daqui para frente.
Tereza Cristina também contou como a inovação tem sido usada no agronegócio brasileiro, com o uso de sensores, drones, e da própria inteligência artificial, sugerindo que os países do Brics construam uma agenda comum unindo centros de pesquisas, plataformas de capacitação técnica e fundos de apoio à digitalização.

