Audiência pública debate estrutura para instalação de datacenters
A Comissão de Ciência e Tecnologia promoveu nesta quarta-feira (28) a segunda audiência para instruir o projeto (PL 3018/2024), que trata da regulamentação de centros de processamento de dados ou data centers voltados a aplicações de inteligência artificial. Esses centros guardam os sistemas de computação de uma empresa, com recursos de armazenamento, de processamento e de rede. O projeto estabelece normas para o funcionamento de data centers de IA.

Transcrição
A INFRAESTRUTURA PARA INSTALAÇÃO DE DATACENTERS FOI DISCUTIDA NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA.
ESSES LOCAIS GUARDAM OS SISTEMAS DE COMPUTAÇÃO DE UMA EMPRESA, COM RECURSOS DE ARMAZENAMENTO, DE PROCESSAMENTO E DE REDE. REPÓRTER PEDRO PINCER.
A Comissão de Ciência e Tecnologia promoveu a segunda audiência pública sobre a regulamentação de centros de processamento de dados ou data centers voltados a aplicações de inteligência artificial.
O data center guarda os sistemas de computação de uma empresa, com recursos de armazenamento, de processamento e de rede.
De autoria do senador Styvenson Valentim, do PSDB do Rio Grande do Norte, o projeto estabelece normas para o funcionamento de data centers de IA, com ênfase na eficiência energética, sustentabilidade ambiental e responsabilidade no uso da tecnologia.
A proposta considera a rápida expansão do setor e os desafios, como o consumo elevado de energia elétrica, a segurança cibernética e a proteção de dados dos usuários.
O representante do Ministério da Fazenda, Igor Marchesini, explicou que a corrida para dominar a tecnologia está cada vez mais acelerada e que o investimento em data centers deve ser multiplicado por sete na próxima década.
Sai da ordem de 0,5% em 2024 para bater 2,5% em 2032. É brutal! dominar a tecnologia e ter acesso em todas as camadas dela, nos GPUs, nos modelos fundamentais, nas aplicações. Isso vai ser fundamental para sua capacidade de defender o país, segurança cibernética, ciências, desenvolvimento de talentos, a própria competitividade de todo o seu tecido produtivo e, obviamente, a capacidade do governo entregar serviço digital de qualidade.
Os datacenters consomem enormes cargas de energia. Segundo o representante do Ministério de Minas e Energia, Guilherme Zanetti, o sistema brasileiro está preparado para a demanda.
O sistema brasileiro, ele mantém essa característica renovável, limpa, o que é atrativo para diversos segmentos industriais, internacionais, inclusive, e se encaixa com uma luva perfeitamente para o serviço de data seta, porque é um tipo de prestação de serviço que demanda uma energia não só barata, mas para cumprir requisitos e certificações para os seus clientes. Tudo isso o Brasil consegue oferecer.
A necessidade de pensar estrategicamente uma política de Estado para datacenters foi ressaltada pela representante do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Cristiane Rauen.
Acima de tudo, o que a gente precisa considerar é capacidade de treinamento, capacitação, entregas, mobilizando cadeias de fornecedores, cadeias de desenvolvedores, cadeias de infraestrutura para que a economia brasileira seja virtuosamente apropriada dessa atração de investimentos em data centers no contexto brasileiro.
O relator da proposta é o senador Vanderlan Cardoso, do PSD de Goiás, que presidiu a audiência pública. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.