Comissão de Agricultura debate Plano Safra 2025-2026 — Rádio Senado
Agronegócio

Comissão de Agricultura debate Plano Safra 2025-2026

A Comissão de Agricultura debateu o novo Plano Safra 2025-2026, que visa impulsionar o agro com crédito e incentivos. Representantes do governo destacaram desafios como alta de juros, falta de recursos e necessidade de fortalecer o Seguro Rural. A prioridade será a produção de alimentos e o apoio a comunidades vulneráveis. O setor pede juros equilibrados, crédito facilitado, melhor logística e armazenamento.

29/05/2025, 20h17 - atualizado em 29/05/2025, 20h22
Duração de áudio: 02:32
Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Transcrição
O PLANO SAFRA 2025-2026, PREVISTO PARA SER LANÇADO NO FINAL DE JUNHO, FOI TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE AGRICULTURA, COM FOCO NOS CENÁRIOS E PERSPECTIVAS PARA O SETOR. REPRESENTANTES DO GOVERNO DESTACARAM DESAFIOS COMO TAXAS DE JUROS ALTAS E FALTA DE RECURSOS, PRIORIDADE NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E APOIO A COMUNIDADES VULNERÁVEIS. A REPÓRTER MARINA DANTAS TRAZ MAIS DETALHES: A Comissão de Agricultura debateu o Plano Safra do biênio 2025-2026, com objetivo de trazer os cenários e perspectivas para o novo plano que deve ser lançado no final de junho, com linhas de crédito e incentivos para o setor agropecuário. O Plano é um programa do governo de apoio à produção nacional e para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar e empresarial.  Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Guilherme Campos, o Plano Safra tem como desafio compatibilizar o recurso adquirido e a taxa de subvenção para que o novo plano seja responsável e tenha capacidade de alavancar o setor. Guilherme também informou que o Seguro Rural, direcionado a produtores com perdas por mudanças climáticas, deve ser mais robusto.  Já o coordenador-geral da área de crédito da agricultura familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Robson Lopes, afirmou que o tema central do novo Plano Safra será a produção de alimentos e o atendimento prioritário aos beneficiários mais vulneráveis como os povos quilombolas e as comunidades indígenas.  Já o subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, destacou que o novo plano sofre com duas problemáticas: a alta taxa de juros e falta de recursos.  (Gilson Bittencourt): "O primeiro motivo é pela falta de recursos para emprestar, e a segunda é a falta de recursos para equalizar, para baixar a taxa de juros. Então esse ano em função seja do uso de recursos, e não tem outra alternativa, da poupança para a equalização, ou recursos tanto da poupança quanto de depósito à vista comprometido com renegociação, temos menos recursos disponíveis para emprestar." Para o senador Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, é necessário que haja um esforço do parlamento e do Poder Executivo para que haja uma previsibilidade sobre o plano, já que os entraves vividos não são novidade.  (Hamilton Mourão): "Partir para um planejamento de um médio prazo para a questão do financiamento da nossa produção agropecuária. Todo ano, a gente viver uma agonia para resolver o problema é complicado, então nós temos que buscar os mecanismos para, assim como nós temos um planejamento quinquenal, quadrienal, nós teremos que ter a mesma coisa para o plano safra. Eu acho que isso é um objetivo a ser conquistado." A reunião contou ainda com a presença de representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, da Associação Brasileira de Produtores de Soja e do Ramo Agropecuário da Organização das Cooperativas do Brasil, que destacaram ainda a necessidade de facilitar o acesso ao crédito, melhorar a logística de escoamento e fortalecer a armazenagem nas propriedades. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Marina Dantas. 

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