Senado aprova campanha permanente contra violência a mulheres em estádios
O Senado aprovou o projeto (PL 4.842/2023) que cria uma campanha permanente contra a violência a mulheres nos estádios. A ação prevê mensagens educativas antes, durante e após os jogos, em telões, alto-falantes e materiais de divulgação. Atletas e influenciadores poderão participar. A relatora, senadora Leila Barros (PDT-DF), destaca que o futebol deve garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos. A proposta segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

Transcrição
A COMISSÃO DE ESPORTE CONCLUIU A APROVAÇÃO DO PROJETO QUE CRIA UMA CAMPANHA PERMANENTE DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM ESTÁDIOS DE FUTEBOL.
ESTUDOS MOSTRAM AUMENTO DE AGRESSÕES EM DIAS DE JOGO. DETALHES COM A REPÓRTER MARCELLA CUNHA
A Comissão de Esporte aprovou a criação de uma campanha nacional permanente de combate à violência contra a mulher nos estádios de futebol. Os clubes terão que veicular mensagens educativas nos telões, alto-falantes, ingressos e materiais de divulgação em todos os eventos com mais de 10 mil espectadores. O projeto, de autoria da senadora Augusta Brito, do PT do Ceará, tem o objetivo de usar a força do esporte para conscientizar o público e estimular o respeito às torcedoras. Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Avon mostrou um aumento de 23,7% nas ameaças e até 25,9% nas lesões corporais dolosas em dias de jogo. Por isso, recomenda que sejam reconhecidos como períodos de risco para mulheres, como reforçou a relatora, senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal.
Sugerindo a necessidade de políticas públicas preventivas, especialmente campanhas de conscientização voltadas à desconstrução de estereótipos ligados ao futebol e à masculinidade violenta. Este é o principal intuito do projeto: agir preventivamente, por meio da conscientização, junto a um público específico.
Para o senador Chico Rodrigues, do PSB de Roraima, a proposta vem em boa hora.
Um projeto que é da demanda reprimida da sociedade como um todo, a violência contra as mulheres, isso é um absurdo, isso é uma questão social gravíssima.
E, obviamente, todos os meios, todos os mecanismos, todas as ações que possam vir a ser utilizados para conter esta sanha miserável de ataque às mulheres são muito bem-vindos.
O projeto inclui um dispositivo para que as campanhas sejam reavaliadas em 10 anos, esperando que até lá o cenário da violência contra a mulher tenha mudado. A proposta agora segue para análise da Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para votação em Plenário. Da Rádio Senado, Marcella Cunha