Esporte paralímpico e inclusão social são temas de debate na Comissão de Esporte
A Comissão de Esporte (CEsp) realizou debate sobre as perspectivas e desafios do novo ciclo paralímpico brasileiro. Solicitada pela presidente do colegiado, senadora Leila Barros (PDT-DF), a audiência pública discutiu estratégias para a preparação dos atletas rumo aos Jogos Paralímpicos de 2028, em Los Angeles. Representantes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) reivindicaram mais investimentos, políticas públicas inclusivas e melhor distribuição de recursos para todas as regiões do país. O presidente do comitê, José Antônio Freire, defendeu o apoio do Senado na criação de uma plataforma nacional para formação de professores da rede pública aptos a atender crianças com deficiência.

Transcrição
COMISSÃO DE ESPORTE REALIZA AUDIÊNCIA PARA DEBATER OS DESAFIOS DO NOVO CICLO PARALÍMPICO
A AÇÃO TEVE COMO OBJETIVO PLANEJAR O FUTURO DO ESPORTE ADAPTADO NO BRASIL, ALÉM DE DEFENDER MAIS INCLUSÃO SOCIAL E MELHOR ESTRUTURA PARA OS ATLETAS. REPÓRTER PAULO BARREIRA.
A presidente da Comissão de Esporte, senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, propôs o debate sobre perspectivas e desafios do novo ciclo paralímpico brasileiro, iniciado neste ano e voltado para a preparação de atletas nacionais que participarão dos Jogos Paralímpicos de 2028, que serão realizados em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Com 89 medalhas e 5º lugar no quadro geral, o Brasil alcançou resultado histórico nas Paralimpíadas de Paris, no ano passado. Diante disso, Leila Barros destacou a importância de discutir, desde já, questões estruturais e estratégicas relacionadas ao esporte paralímpico, como planejamento, investimentos, infraestrutura, suporte técnico aos atletas, além do fortalecimento de políticas públicas.
(senadora Leila Barros) “Nós sabemos que é espelho, é inspiração, aquela criancinha, aquele jovenzinho que tá olhando na TV. Então a gente sabe a importância do alto rendimento, não só para produção de grandes atletas e paratletas, mas mais do que isso, inspiração para gerações. A gente sabe dessa força e a gente entende o trabalho de todos vocês”.
Entre as principais reivindicações apresentadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, CPB, estão a falta de investimentos em estrutura esportiva em todo o país, a concentração de recursos no Sul e Sudeste, além da necessidade de uma política nacional que promova a formação de professores da rede pública para o atendimento de crianças com deficiência.
Apesar de o Comitê já estar em diálogo com os Ministérios da Saúde e da Educação, o órgão defendeu a formalização dessa articulação em lei. O presidente do comitê, José Antônio Freire, reforçou a importância de o Senado apoiar a consolidação dessa política pública.
(José Antônio Freire) “Eu acho que o poder legislativo pode, sim, ajudar muito junto com os fóruns de secretários de educação do Estado, do município e aliar a força do Estado, do governo federal e junto com o CPB. Eu acho que a gente vai avançar muito nessa política e que só quem vai ganhar são as pessoas com deficiências”.
O vice-presidente do CPB, Yohansson do Nascimento, fez um pedido para aprimorar a Lei de Incentivo ao Esporte, com a permanência do incentivo fiscal e previsão de ações sociais e de inclusão.
(Yohansson do Nascimento) Essa lei ela tem que ser permanente, assim como a cultura, muitos clubes, confederações elas necessitam dessa lei para continuar desenvolvendo o esporte de todas as dimensões. Então é de extrema importância que vocês continuem olhando com carinho para o desenvolvimento do esporte olímpico e paralímpico”.
A proposta que trata da inclusão de ações sociais na Lei de Incentivo ao Esporte está em análise na Câmara dos Deputados e, caso seja aprovada, virá ao Senado. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Paulo Barreira.