Participantes de audiência pública criticam pedágio e exclusão em debate sobre concessão da BR-364 — Rádio Senado
Audiência Pública

Participantes de audiência pública criticam pedágio e exclusão em debate sobre concessão da BR-364

Durante audiência pública em Vilhena (RO), a Comissão de Infraestrutura ouviu críticas da população e do setor produtivo sobre a concessão da BR-364. Entre as principais reclamações estão os altos valores dos pedágios antes das melhorias na rodovia e a falta de participação da sociedade no processo. A BR é estratégica para o escoamento da produção agrícola. O pedido de diligência foi feito pelo senador Jaime Bagattoli (PL-RO) e as demandas serão encaminhadas ao Ministério dos Transportes.

21/05/2025, 16h38 - ATUALIZADO EM 21/05/2025, 17h59
Duração de áudio: 02:26
Foto: Marcio Ogidio

Transcrição
A CONCESSÃO DA BR-364 FOI TEMA DE AUDIÊNCIA DA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA NA CÂMARA MUNICIPAL DE VILHENA, EM RONDÔNIA. REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL CRITICARAM O VALOR DO PEDÁGIO E A FALTA DE PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PROCESSO. A REPÓRTER MARINA DANTAS TRAZ MAIS DETALHES: A Comissão de Infraestrutura realizou uma audiência pública na Câmara Municipal de Vilhena, município de Rondônia, que discutiu as questões levantadas pelos vereadores e pela sociedade civil em torno da concessão da BR 364. A rodovia liga Porto Velho, capital do estado, ao município de Vilhena, com cerca de 700km de extensão e é uma importante via de escoamento para o agronegócio entre os portos do Norte do Brasil e o Centro-Oeste. A sociedade civil cobrou a participação da comunidade no processo de concessão da rodovia e reclamou da cobrança de pedágio mesmo antes de concluídas as melhorias na estrada. Marcos Biazzi, da Associação Comercial e Empresarial do município, defendeu mais debate sobre a cobrança desse pedágio.  (Marcos Biazzi): "E a gente não pode mais aceitar esse tipo de taxação, as empresas estão sofrendo. Então nós no setor produtivo, nós somos contra essa privatização ou do modo que ela está sendo feita. Isso precisa ser realmente melhorado de uma maneira que não atinja diretamente os consumidores, não atinja diretamente a população." Felipe Miller, presidente do Sindicato de Transporte, destacou que o preço exarcebado cobrado por pedágio na rodovia não condiz com a situação das estradas, fato que inviabiliza a operação de transporte na região, com aumento dos custos. (Felipe Miller): Nós temos um custo de produção muito alto, até pela distância que a gente tem dos grandes centros consumidores e eu acho que cabe bastante trabalho aí para realmente equalizar e entender o que que está sendo feito e qual é o valor justo que tem que ser pago." De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, Guilherme Theo Sampaio, os valores tarifários no pedágio condizem com as expectativas de melhorias previstas, e a cobrança do valor será feita após melhorias.  (Guilherme Theo Sampaio): uma estrada de boa qualidade, tem uma redução do consumo de óleo diesel, em torno de 30%, menor deterioração do veículo por uma rodovia, qualidade de uma infraestrutura resistente e um ponto a mais que é o ganho de eficiência que se tem nessa cadeia logística. Com relação à cobrança da tarifa, a cobrança da tarifa só vai acontecer depois de ter utilizado algumas melhorias na rodovia." O presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, destacou que os pontos debatidos durante a audiência serão levados para o Ministério do Transporte e defende a cobrança de pedágio só depois de melhorias.  (Marcos Rogério): . Eu entendo que isso pode acontecer quando você tiver a totalidade do investimento da duplicação, mas no primeiro momento é um custo que será repassado para o consumidor." No mesmo dia, pela manhã, a Comissão realizou audiência pública na cidade de Ji-Paraná. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Marina Dantas. 

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