Ministro da Previdência é convidado a explicar aos senadores fraudes no INSS — Rádio Senado
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Ministro da Previdência é convidado a explicar aos senadores fraudes no INSS

A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou um convite (REQ 16/2025 - CTFC) ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, para explicar as fraudes no INSS reveladas pela operação “Sem Desconto”. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) defende a criação de uma CPI para apurar os descontos irregulares em benefícios, que teriam causado prejuízo de mais de R$ 6 bilhões. Já o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) afirmou que o esquema teve início em gestões anteriores e elogiou a atuação da atual Controladoria-Geral da União.

30/04/2025, 18h38 - atualizado em 30/04/2025, 20h11
Duração de áudio: 02:12
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE APROVOU CONVITE AO MINISTRO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, CARLOS LUPI, PARA EXPLICAR O ESQUEMA DE FRAUDES NO INSS QUE DESVIOU DINHEIRO DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS. SENADORES APONTAM FALHAS NO CONTROLE DE DADOS E DEFENDEM A CRIAÇÃO DE UMA CPI. REPÓRTER PAULO BARREIRA. A Comissão de Fiscalização e Controle aprovou o convite ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, para prestar esclarecimentos sobre as fraudes bilionárias descobertas no INSS. O pedido partiu do senador Rogerio Marinho, do PL do Rio Grande do Norte.  A medida ocorre após a operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União, revelar que associações e sindicatos vinham cobrando indevidamente mensalidades e descontavam esse dinheiro diretamente da folha de pagamento de aposentados e pensionistas sem autorização. A estimativa é que o esquema tenha causado prejuízos de mais de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. A gravidade do caso levou parlamentares a pedirem uma CPI no Senado para investigar o caso. O senador Cleitinho, do Republicanos de Minas Gerais, é um dos apoiadores da iniciativa. (sen. Cleitinho) “É a nossa obrigação criar uma CPMI aqui, uma CPI, para poder investigar e colocar esses canalhas que roubaram dinheiro de aposentado na cadeia. Essa é a nossa obrigação, e eu espero que os senadores que são da base do governo, que estão dizendo que veio desde 2016, também assina CPMI e assina CPI”.  Já o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, destacou que as fraudes tiveram início em gestões anteriores e que não seria justo atribuir ao atual governo a responsabilidade por um esquema que se arrastava há anos.  (sen. Randolfe Rodrigues) “É importante que se diga quando ela começou, porque eu acho que, propositadamente, houve omissão da data de início. 2019 começou a fraude. Então a fraude continuou em 2020, continuou em 2021. Chegou em 2022, continuaram as fraudes.Tiveram três anos em que o ovo da serpente foi fecundado, foi preparado, foi colocado para ser parido, mas agora querem responsabilizar o governo que com sua Controladoria-Geral da União iniciou as investigações começou a desbaratar a organização criminosa, colocou a Polícia Federal, fez operação, prendeu os responsáveis e está colocando o bandido na cadeia”. A previsão é que a reunião com o ministro Carlos Lupi ocorra na próxima quarta-feira, dia 7, quando ele deve prestar esclarecimentos sobre o esquema e apresentar as medidas que vêm sendo adotadas para evitar novos casos de fraude. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Paulo Barreira. 

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