Novo PNE discute assistência estudantil e formação de professores
A Comissão de Educação ouviu representantes de entidades do Ensino Superior sobre o novo Plano Nacional de Educação (PL 2614/2024). A evasão foi apontada como um obstáculo para o atingimento da meta de ampliar a permanência de alunos nesse nível de formação. Os debatedores defenderam recursos para a Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e planejamento específico para formações que hoje carecem de profissionais, como as licenciaturas em matemática e física.

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DEBATEU O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PARA O PERÍODO DE 2024-2034 COM ENFOQUE NO ENSINO SUPERIOR.
ENTRE AS DEMANDAS, MAIS RECURSOS PARA A ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ÁREAS COMO MATEMÁTICA E FÍSICA. REPÓRTER MARCELA DINIZ.
O novo Plano Nacional de Educação, PNE, vai definir as metas que o Brasil pretende cumprir até 2034. O projeto está na Câmara dos Deputados, mas o Senado, desde o ano passado, vem debatendo o assunto. Nessa terça-feira, a Comissão de Educação ouviu representantes de entidades do Ensino Superior. Para esse nível de formação, o PNE tem sete metas, entre elas, o aumento do acesso e da permanência nos cursos de graduação e de pós-graduação. O problema da evasão de alunos foi apontado pelo representante da Associação Nacional das Universidades Particulares, Juliano Griebeler, como um obstáculo e a presidente da Associação dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais, Cicília Leite, ponderou que, para corrigir a situação, é preciso garantir os recursos da Política Nacional de Assistência Estudantil - PNAES.
(Cicília Leite) "A necessidade da ativação do Programa Nacional de Assistência Estudantil, que é o PNAES, para nós estaduais e municipais, que nos foi prometido e nos foi garantido no momento que estávamos falando, tratando do SISU, e até hoje a gente ainda não teve condições de receber esse recurso tão importante naquele ponto principal, hoje, que é a vulnerabilidade socioeconômica dos nossos estudantes."
O representante da Associação das Instituições Comunitárias de Educação Superior, Cláudio Jacoski, apontou a atual predominância da lógica de mercado na hora da escolha do curso de graduação. Ele defendeu que o PNE traga um contrapeso do Estado para garantir a formação em áreas que hoje carecem de profissionais, como engenharia e as licenciaturas em Matemática e Física.
(Cláudio Jacoski) "O professor de física, o professor de matemática, são professores quase inexistentes, já, no mercado. Então, me parece que algo específico precisa ser feito para a gente focar em algumas formações."
O debate foi mediado pela senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, presidente da Comissão de Educação; e contou com a participação de representantes da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior, do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, e da Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

