CPI das Bets ouve delegado que investigou jogos online em Alagoas
A CPI das Bets do Senado ouviu nesta terça-feira (22) o delegado da polícia de Alagoas, Lucimério Barros Campos. Ele conduziu no estado a operação “Game Over”, que investigou o mercado de jogos online e o uso de influenciadores para alavancar o negócio, muitas vezes com estelionato.

Transcrição
A CPI DAS BETS DO SENADO OUVIU NESTA TERÇA-FEIRA O DELEGADO DA POLÍCIA DE ALAGOAS, LUCIMÉRIO BARROS CAMPOS.
ELE CONDUZIU NO ESTADO A OPERAÇÃO “GAME OVER”, QUE INVESTIGOU O MERCADO DE JOGOS ONLINE E O USO DE INFLUENCIADORES PARA ALAVANCAR O NEGÓCIO, MUITAS VEZES COM GOLPES COMBINADOS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
O delegado da Polícia do Estado de Alagoas, Lucimério Barros Campos, exibiu na CPI das Bets vídeos com relatos de pessoas viciadas em jogos na internet. E apresentou números que mostram o tamanho desse mercado. O Brasil estaria na liderança de apostas online, com 38% dos acessos a sites. A estratégia das empresas para chegar aos consumidores alagoanos passava pela contratação de influenciadores, que praticavam, segundo as investigações, estelionato para validar supostos horários ou estratégias para ganhar dinheiro com os jogos. Lucimério falou também da dificuldade de encontrar o tipo penal para garantir uma punição adequada aos criminosos.
O crime contra a economia popular, pena é de 2 anos. Então veja o quanto nós estamos enfrentando um gigante com, digamos assim, com uma peteca, um estilingue. A legislação, ela está desatualizada.
Além do estelionato, o presidente da CPI, senador Dr. Hiran, do Progressistas de Roraima, afirmou que é preciso cobrar impostos das empresas que deixam e deixaram de pagar quando não havia ainda regulamentação.
Precisamos cobrar dessas bets. É o imposto de 5 anos atrás que elas deveriam ter recolhido aos cofres públicos.
A CPI criada pelo Senado para investigar os jogos virtuais de apostas online tem a previsão de encerrar seus trabalhos no dia 30 de abril. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.