Comissões do Senado debatem endometriose — Rádio Senado
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Comissões do Senado debatem endometriose

A endometriose foi tema de audiência pública das Comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Assuntos Sociais (CAS) nesta segunda-feira (7). A doença, que afeta milhões de mulheres no país, ainda enfrenta desafios no diagnóstico. A reunião aconteceu a pedido do senador Plínio Valério (PSDB-AM) e da presidente da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que destacou a importância da atenção do Parlamento ao tema. O debate integra o ciclo de discussões sobre saúde e direitos da CDH e CAS.

07/04/2025, 19h05 - ATUALIZADO EM 07/04/2025, 19h05
Duração de áudio: 02:10
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Transcrição
A ENDOMETRIOSE AFETA CERCA DE 176 MILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO E FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO, COM FOCO NOS DESAFIOS DO DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DOENÇA. O DEBATE INTEGROU O CICLO DE DISCUSSÕES SOBRE SAÚDE E DIREITOS PROMOVIDO PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS, EM PARCERIA COM A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. A REPÓRTER MARINA DANTAS ACOMPANHOU A REUNIÃO E TRAZ MAIS DETALHES: A endometriose é uma doença inflamatória onde o tecido que reveste o útero, o endométrio, cresce em outros locais como nos ovários ou na cavidade abdominal. A doença atinge cerca de 176 milhões de pessoas no mundo, desde a adolescência até a transição para a menopausa, e ainda não há cura conhecida. Esse foi o tema da audiência pública conjunta realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Comissão de Assuntos Sociais nesta segunda-feira, que debateu os desafios, os direitos, as medidas de prevenção e tratamento da doença no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose, mais de 60% das mulheres não sabem que as cólicas fortes, na verdade, já são sintomas da doença. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa e Ensino em Medicina, Eduardo Schor, é essencial garantir às mulheres o acesso ao diagnóstico precoce e a um tratamento adequado. (Eduardo Schor): "Primeiro direito fundamental, saber o que ela tem, porque ela sofre, que não é mimimi, que não é psicológico, ela tem que saber e o entorno dela tem que saber. Então esse é o direito fundamental, porque fazendo o diagnóstico precoce, dando esse direito para as mulheres, empoderando essas mulheres e os médicos que atendem essas mulheres também, a gente vai ter o diagnóstico precoce e impedir que a doença evolua em grande parte dos casos. Impedindo que a doença evolua, a capacidade de tratamento medicamentoso não cirúrgico é muito maior." A presidente da Comissão, senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, defendeu que o atendimento à endometriose receba um olhar mais cuidadoso do parlamento brasileiro.  (Damares Alves): "Como estão os direitos das mulheres com endometriose no país? Quantas mulheres neste país imenso, em regiões isoladas, gritando de dor sem saber porque estão com dor? Quantas mulheres sendo chamadas de exageradas, estéricas, porque não têm um diagnóstico? E a gente vai se deparar com essa realidade. O parlamento não pode ficar fora mais dessa discussão." A audiência pública foi realizada a pedido de requerimentos da senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, e do senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, e fez parte do ciclo de debates sobre saúde e direitos. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Marina Dantas. 

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