Comissão de Educação aprova penas mais rígidas para crimes praticados em escolas
O projeto de lei (PL 3.613/2023) impõe maior rigor das sanções para atos violentos praticados dentro de instituições de ensino e classifica-os como crimes hediondos. Acatada na Comissão de Educação (CE) com parecer favorável do senador Confúcio Moura (MDB-RO), a proposta segue para análise da Comissão de Segurança Pública (CSP).

Transcrição
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVA PROJETO QUE AGRAVA PUNIÇÃO PARA CRIMES COMETIDOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO.
RELATOR DA PROPOSTA ALERTOU PARA A VIOLÊNCIA CRESCENTE TAMBÉM CONTRA PROFESSORES NO AMBIENTE ESCOLAR. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO.
A Comissão de Educação aprovou projeto de lei que torna mais rígida a pena para quem praticar crimes nas dependências de instituição de ensino. A proposta faz parte de um pacote de segurança apresentado pelo governo em 2023 em resposta a ataques em escolas que mataram e feriram crianças.
O texto ainda segue para análise da Comissão de Segurança Pública. O relator, senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, considera que a proposta está alinhada à necessidade de reforçar a proteção dos espaços escolares para dissuadir a prática de atos violentos, além de garantir punição mais severa para os criminosos.
Confúcio Moura - A medida busca preservar a integridade física e psicológica de estudantes, educadores e demais membros da comunidade escolar. A classificação desses crimes como hediondos reforça seu caráter repulsivo e a necessidade de uma resposta penal mais rigorosa. A violência no ambiente escolar não afeta apenas as vítimas diretas, mas compromete toda a estrutura da sociedade e o direito fundamental de acesso à educação em condições seguras.
Confúcio Moura também manifestou indignação com os índices de violência no ambiente escolar contra os professores.
Confúcio Moura - Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico indicam que o Brasil lidera o ranking da violência contra professores, com 12,5% dos docentes relatando agressões verbais e intimidações semanais. Estamos presenciando um cenário no qual professores, pilares da educação, são desrespeitados e violentados no exercício de suas funções.
Presidente da Comissão de Educação, a senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, alertou para o índice de adoecimento mental dos trabalhadores da educação, que está em crescimento.
Teresa Leitão - Sem sombra de dúvida, a relação que deve existir positivamente baseada na confiança, no respeito, no prazer de ter uma relação tão profícua entre professor e estudante tem sofrido esses impactos da violência, que também se manifesta de estudante para estudante, de estudante para professor, de alguns professores para estudante e a dificuldade de se controlar isso.
O colegiado também aprovou a avaliação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb, como política pública a ser analisada em 2025. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.